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Iniciativa Liberal diz que não é admissível haver demissões por delito de opinião

JM-Madeira

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Data de publicação
23 Junho 2023
18:20

A Iniciativa Liberal considerou hoje não ser admissível haver demissões por delito de opinião, referindo que o Governo não esclareceu as razões da demissão do diretor de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

"Há aqui um ponto que o Governo ainda não esclareceu que é quais as razões da demissão de Diogo Ayres de Campos, porque é que foi apresentada a demissão de uma pessoa que esteve envolvida em vários projetos, que teve responsabilidade em várias comissões de acompanhamento e que, de um momento para o outro, é demitida", declarou o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, aos jornalistas, na Batalha (Leiria).

Referindo que "a razão que é apresentada para essa demissão é estar contra determinada visão que o Governo pode ter", Rui Rocha destacou: "Nós não estamos num país em que seja admissível haver demissões por delito de opinião".

"Se é isso, parece-nos muito preocupante, principalmente num momento em que há outras vozes que dizem que há uma orientação do próprio Ministério [da Saúde] para calar os assessores, para calar atores da área da saúde e, portanto, se há aqui uma tentativa, porque as coisas estão, eventualmente, a correr mal, de calar as pessoas, de tentar que isso não passe cá para fora, é muito grave", disse.

Segundo o líder da Iniciativa Liberal, partido que convocou um debate sobre saúde para o próximo dia 30, na Assembleia da República, "se há outra questão aqui subjacente, então devia ser assumido pelo Governo".

O diretor de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Diogo Ayres de Campos, foi afastado por questionar o projeto de restruturação no Hospital de Santa Maria e a colaboração com o S. Francisco Xavier.

Segundo uma nota do Centro Hospitalar Lisboa Norte divulgada na segunda-feira, a direção do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução tem vindo assumir posições que, "de forma reiterada, têm colocado em causa o projeto de obra e o processo colaborativo com o Hospital São Francisco Xavier, durante as obras da nova maternidade do HSM [Hospital Santa Maria]".

Hoje, foi conhecido que os chefes e subchefes das equipas de urgência, com exceção de um, do serviço de obstetrícia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, apresentaram demissão do cargo, confirmou à agência Lusa a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Sobre as razões da demissão dos responsáveis, que foi avançada pela SIC Notícias, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, afirmou que vem na sequência do Conselho de Administração ter comunicado o encerramento do serviço de obstetrícia devido às obras da nova maternidade do Hospital Santa Maria, que integra o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHULN).

Lusa

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