A CGTP-IN vai convocar uma manifestação nacional a realizar-se em Lisboa e no Porto para dia 9 de novembro, anunciou hoje o secretário-geral em conferência de imprensa, em Lisboa.
“Foi decidido convocar para o dia 9 de novembro” uma “grande manifestação nacional em Lisboa e no Porto”, tendo em vista mobilizar “os trabalhadores e as famílias, os reformados e os pensionistas, os jovens e outras camadas da população para saírem à rua, pelo aumento dos salários e pensões, pela defesa e melhoria dos direitos, pelo direito à habitação e o direito à saúde, pela defesa e o fortalecimentos dos serviços públicos, exigindo um outro rumo para o País”, anunciou Tiago Oliveira em conferência de imprensa, onde foi apresentada a “Política Reivindicativa” da central sindical para 2025.
A manifestação nacional é o culminar de uma ação nacional que a CGTP vai lançar entre os dias 7 de outubro e 8 de novembro sob o mote lema “Aumentar os salários e as pensões | Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado | Resolver os problemas do País”.
Entre as ações previstas nesta ação de mobilização está “a realização de plenários, concentrações, paralisações e greves, nos locais de trabalho de todos os setores, em todo o País”, explicou o secretário-geral da CGTP-IN.
Tiago Oliveira explicou ainda que estas decisões “prendem-se com a situação política” atual e “com os inúmeros problemas que os trabalhadores enfrentam”. “Em Portugal não podemos continuar a ter uma política de baixos salários e de perpetuação das dificuldades”, defendeu.
Entre as reivindicações que constam da Política Reivindicativa para 2025 da CGTP-IN e que foi hoje apresentada está a exigência de um aumento salarial de pelo menos 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores a partir de janeiro do próximo ano, bem como o aumento do salário mínimo nacional dos atuais 820 euros para 1.000 euros. “A proposta da CGTP é esta e é por ela que nos iremos bater”, vincou.
Questionado pelos jornalistas sobre as cedências que estão dispostos a fazer nas negociações com o Governo sobre o salário mínimo nacional, o secretário-geral escusou-se a responder, referindo apenas que vai “analisar as propostas apresentadas”, mas que “nunca” compactuará com “propostas que não procurem melhorar as condições de vida de quem trabalha”.
No documento estão ainda outras reivindicações de “um conjunto alargado de matérias” que vão desde a fiscalidade, à Segurança Social, passando pela saúde, habitação e educação até à legislação laboral, entre outras, que “merecem urgentemente uma resposta”.
“É urgente revogar as normas que agravam as condições de trabalho”, exemplificou.