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Ucrânia: Dona do Facebook e WhatsApp decide banir imprensa estatal russa

Data de publicação
17 Setembro 2024
8:54

A empresa tecnológica Meta, dona das redes sociais Facebook e Instagram e da plataforma de mensagens WhatsApp, proibiu vários meios de comunicação estatais russos, incluindo a RT, de aceder às suas plataformas.

“A Rossiya Segodnya [um grupo de comunicação estatal russo], a RT e outras entidades relacionadas estão agora banidas das nossas aplicações em todo o mundo devido a atividades de interferência estrangeira”, disse a empresa.

“Após uma reflexão cuidadosa, estamos a expandir a nossa fiscalização contra os meios de comunicação estatais russos”, acrescentou a Meta, num comunicado divulgado na segunda-feira.

A RT tinha 7,2 milhões de seguidores no Facebook e um milhão de seguidores no Instagram.

Altos funcionários da Meta, Microsoft e Alphabet, dona da Google, deverão testemunhar na quarta-feira perante a Comissão de Inteligência do Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos, sobre os esforços das suas plataformas para combater as ameaças externas às presidencais norte-americanas de novembro.

A decisão da Meta surge três dias depois do Governo dos Estados Unidos ter anunciado novas sanções contra os meios de comunicação estatais russos, acusados de trabalhar com os militares russos e participar em campanhas de angariação de fundos para pagar armamento utilizado na Ucrânia.

Embora a RT já tivesse sido sancionada pelo seu trabalho de difusão da propaganda e da desinformação do Kremlin, o Departamento de Estado norte-americano disse que o papel deste meio vai muito além das operações de influência.

De acordo com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a RT é uma parte fundamental da máquina de guerra da Rússia e dos seus esforços para minar os aliados democráticos da Ucrânia.

“A RT deseja que as suas novas capacidades secretas de inteligência, bem como os seus esforços de desinformação de longa data, permaneçam ocultos”, destacou Blinken.

A RT criou ‘sites’ que se apresentam como portais de notícias legítimos para espalhar desinformação e propaganda na Europa, África, América do Sul e outros lugares, destacaram as autoridades norte-americanas.

Washington acusou o meio de comunicação de também expandir o uso de operações cibernéticas com uma nova unidade ligada à inteligência russa, criada em 2023.

O esforço de ‘crowdsourcing’ procurou angariar fundos para os fornecimentos militares russos, alguns dos quais foram adquiridos na China, acrescentaram as autoridades norte-americanas.

Não houve ligações óbvias entre a RT e a campanha de angariação de fundos, nem qualquer indicação de que as autoridades chinesas soubessem que os seus produtos estavam a ser vendidos à Rússia, sublinharam.

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