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Monge cristão executado no Egito por assassinar um bispo em 2019

JM-Madeira

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Data de publicação
09 Maio 2021
16:47

As autoridades egípcias executaram hoje um monge copta, condenado à morte em 2019 pelo assassinato de um bispo, num julgamento que a Amnistia Internacional considerou não ter tido as garantias básicas.

Não foi especificado o método de execução, que no Egito geralmente é por enforcamento, avançou a agência Efe.

O monge foi condenado em 2019, pelo assassinato de um bispo, nesse mesmo ano, apesar das denúncias de que a sua confissão terá sido obtida sob tortura.

O investigador da Amnistia Internacional para o Egito, Hussein Baoumi, disse à Efe que a família do padre Wael Saad Teodoro confirmou à organização não-governamental (ONG) a sua execução, ocorrida de madrugada e da qual os familiares não foram informados.

Baoumi afirmou que o monge "foi executado depois de um julgamento injusto marcado por tortura e pelo desaparecimento forçado" de Teodoro, considerado culpado pelo assassinato, em julho de 2019, do bispo do Grande Mosteiro de São Macário, a norte do Cairo.

A Amnistia Internacional pediu ao Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, em abril passado, que perdoasse Teodoro, alegando que este não tinha outro recurso além do perdão do chefe de Estado, depois de o tribunal de última instância ter confirmado, em 2020, a condenação à morte.

Segundo a ONG, o monge foi condenado com base numa confissão obtida sob tortura das forças de segurança egípcias e que ele próprio negou perante o juiz, além de o seu paradeiro ter sido desconhecido durante quase um mês após a sua prisão.

O caso abalou a Igreja Cristã Copta, cujos seguidores representam cerca de 10% da população egípcia, e outro monge também foi condenado à morte por ter ajudado Teodoro na execução do crime, com uma barra de ferro de cerca de 90 centímetros e dois quilos de peso.

A Amnistia Internacional denunciou o aumento das execuções no Egito, de 107 em 2020, três vezes mais que no ano anterior, número que se admite poder ser maior, já que as autoridades não comunicam oficialmente todas as execuções.

"Estamos muito preocupados com a tendência de aumento das execuções recentemente realizadas pelas autoridades egípcias e pedimos ao Presidente al-Sissi que aplique uma moratória", concluiu Baoumi.

Lusa

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