Agentes do Instituto Nacional de Migrações (INM) do México resgataram na terça-feira 327 migrantes, entre os quais 120 menores, de uma casa de acolhimento no estado de Nuevo León.
Os agentes disseram que as pessoas, cuja nacionalidade não foi especificada, estavam a ser detidas em condições desumanas e vulneráveis que colocavam em risco a vida de menores e adultos.
Numa declaração, o INM, que faz parte do Ministério do Interior, afirmou que, em coordenação com os agentes de segurança do Estado "salvaram 327 migrantes esta tarde, incluindo cerca de 120 menores".
A população "permaneceu superlotada e em condições insalubres e sub-humanas dentro de uma casa segura localizada no município de Cadereyta, Nuevo León", acrescentou.
O INM disse que durante a inspeção à casa "verificou-se que os 327 migrantes estrangeiros permaneciam sem água, comida e em condições sub-humanas, sobrelotadas, vulneráveis e insalubres que colocavam em risco a vida de menores, mulheres e adultos em geral".
Esta terça-feira, o INM informou que desde janeiro até à data identificou 34.427 menores, acompanhados e não acompanhados, que transitaram em território mexicano em condições irregulares.
Em comunicado, o INM disse que este fluxo populacional triplicou em relação ao mesmo período em 2020, quando foram identificados 11.703 menores, acompanhados e desacompanhados.
Do total, 8.525 viajavam sozinhos e 25.902 na companhia de um adulto, principalmente das Honduras, Guatemala e El Salvador.
Desde outubro de 2018, e apesar do aperto da vigilância na fronteira sul do México, milhares de migrantes da América Central, mas também de Cuba, Haiti e vários países africanos e asiáticos, têm vindo a entrar no México com o objectivo de alcançar a fronteira dos EUA.
Lusa