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Comunidade Política Europeia reunir-se-á duas vezes por ano e a próxima é na Moldova

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Outubro 2022
20:18

A recém-criada Comunidade Política Europeia deverá reunir-se duas vezes por ano, alternadamente num Estado-membro da União Europeia e num país terceiro, estando a próxima cimeira prevista para a Moldova, decidiram hoje em Praga os 44 líderes, na reunião inaugural.

Reunido hoje pela primeira vez na capital da República Checa - país que assegura atualmente a presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia (UE) -, este fórum que junta os líderes dos 27 Estados-membros do bloco comunitário e de 17 outros países do continente europeu, formato que poderá sofrer alterações no futuro, deverá voltar a reunir-se no primeiro semestre de 2023 na Moldova, seguindo-se, em princípio, Espanha (que presidirá ao Conselho da UE no segundo semestre do próximo ano) e Reino Unido, revelaram fontes diplomáticas.

Proposta feita originalmente pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em maio passado - numa altura em que já estava em curso a agressão militar russa à Ucrânia -, esta Comunidade Política Europeia juntou hoje em Praga 44 líderes europeus, sublinhando o isolamento de Moscovo na cena internacional, designadamente no panorama europeu.

Além dos 27 Estados-membros da UE, participam neste fórum seis países dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Macedónia do Norte, Kosovo, Sérvia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro), os países do trio associado que recentemente pediram a adesão à UE (Geórgia, Moldova, Ucrânia), Arménia e Azerbaijão, bem como os quatro países da Associação Europeia do Comércio Livre - EFTA (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein) e ainda o Reino Unido e a Turquia, representados em Praga pela primeira-ministra britânica, Liz Truss, e pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

A Ucrânia esteve presencialmente representada pelo primeiro-ministro Denis Shmyhal, mas o Presidente, Volodymyr Zelensky, interveio por videoconferência, saudando esta nova iniciativa política e fazendo votos para que esta plataforma se torne uma verdadeira "Comunidade Europeia de Paz".

Na sua intervenção, o Presidente ucraniano notou a ausência da Rússia, apontando que se trata de "um Estado que geograficamente parece pertencer à Europa, mas em termos dos seus valores e comportamento é o Estado mais anti-europeu do mundo".

À chegada ao Castelo de Praga, o primeiro-ministro português, António Costa, fez hoje votos para que a "importante experiência" da cimeira inaugural da Comunidade Política Europeia tenha "sucesso", dado os desafios globais atuais exigirem respostas globais "o mais reforçadas possíveis".

"Esta é a primeira cimeira da Comunidade Política Europeia. Acho que vai ser uma importante experiência, para ver se este formato mais alargado a outras ‘Europas’ para além da UE tem sucesso. Era muito importante que tivesse, visto que grande parte dos problemas globais que enfrentamos - pela paz, alterações climáticas, crise energética - requerem respostas globais o mais reforçadas possíveis, que transcendem a UE", disse.

Questionado sobre se esta cimeira isola a Rússia, António Costa sublinhou que "a Rússia isolou-se a si própria pela forma como, em clara violação do direito internacional, desencadeou uma guerra ilegítima, brutal, desumana, como a tem vindo a conduzir ainda por cima, contra a Ucrânia e o seu povo".

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