Sendo natural do concelho, Olavo Câmara, deputado municipal eleito pelo PS no Porto Moniz, está ciente dos benefícios que traria a reabertura dos serviços de urgência nos centros de saúde no município, durante 24 horas por dia, que, no seu entender, dava outra segurança à população local, mormente aos idosos.

"Como é que conseguimos garantir o envelhecimento com qualidade de vida sem saúde", questionou na sua intervenção nas Jornadas Madeira. "Como é que podemos querer criar todas as condições para que os nossos avós ou pais fiquem realmente em casa a envelhecer no conforto do seu lar se depois no Porto Moniz nós não temos acesso à saúde como devemos, neste caso 24 horas por dia. Assim sendo, pergunto como é que um idoso se sente seguro no nosso concelho quando sabe que a partir das 22h00?", reforçou.

Entendendo que o acesso à saúde e o isolamento são questões primordiais no que toca aos idosos, o deputado incita a Secretaria Regional de Inclusão a trabalhar mais no sentido de fazer maior pressão na resolução destas problemáticas.

Pese embora não seja um tema da sua tutela, Rita Andrade optou por responder a Olavo Câmara, garantindo que o executivo regional liderado por Miguel Albuquerque está atento à situação."As decisões têm de ser suportadas a vários níveis e uma urgência aberta para ter uma urgência aberta…. Não é isso que dá segurança aos idosos e, a meu ver, doutor Olavo, nem isso tem nada que ver com o envelhecimento ativo", afirmou.

Porém, Rita Andrade refere que o que está a ser feito nesse sentido e que está no terreno são "as ambulâncias que em poucos minutos se dirigem ao centro de saúde mais próximo que é em São Vicente, que está aberto 24 horas", recordou, lembrando que os recursos são limitados até porque para ter uma urgência aberta são necessários médicos, enfermeiros, entre outros profissionais.