De utentes a atores. Ao longo de nove meses, cerca de três dezenas de pessoas transformaram-se em artistas para dar vida ao 'I Festival de Curtas da Casa do Povo', que culminou, esta manhã, na apresentação de quatro curtas-metragens que tiveram como palco a Escola Agrícola da Madeira, em São Vicente.
Neste projeto, dinamizado pela Direção de Serviços de Ruralidade, através da Academia de Formação da ACAPORAMA, em parceria com a Associação Cultural 4Litro, fizeram parte quatro casas do povo - Jardim da Serra, Campanário, São Martinho e Quinta Grande. O desígnio deste Festival foi o de dar formação na área do cinema, da interpretação e escrita criativa, promovendo as diferentes casas do povo, a cultura e as tradições de cada uma delas através do audiovisual.
"Foi feito um trabalho com quatro casas do povo em que foram envolvidos todos os utentes que tinham, no fundo, aptidão para a área do teatro. Fizemos com que eles pudessem participar na escrita e nos outros trabalhos de desenvolvimento do ponto de vista da representação e tivemos também os 4Litro que fizeram um trabalho de excelência", enalteceu Humberto Vasconcelos, secretário regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, o qual marcou presença na apresentação do I Festival de Curtas da Casa do Povo.
Na ocasião, o governante enalteceu também o papel da Direção de Serviços de Ruralidade, que "tem feito um trabalho importante com as casas do povo", mormente no que respeita à integração e desenvolvimento de atividades que destaquem as tradições da terra. O tutelar da pasta do Desenvolvimento Rural assegurou, ainda, que o Governo Regional continuará a apoiar este tipo de iniciativas.
O Festival, que encetou há nove meses, foi composto por três fases, sendo que a primeira correspondeu à formação, a segunda à gravação das curtas-metragens e a terceira à apresentação das curtas, cujos temas estão ligados às freguesias de cada casa do povo, desde tradições, mitos, lendas, crenças e imaginário.