A Madeira "precisa de mais espaço" no Porto do Funchal, pelo que o seu aumento permanece sobre a mesa por ser necessário considera-lo se o objetivo é continuar a crescer no mercado do turismo de cruzeiros.
"O aumento do Porto é uma questão lógica", disse o presidente do Governo Regional Miguel Albuquerque, à margem da inauguração de um espaço de residências artísticas em Câmara de Lobos.
Em anos normais, a Madeira totaliza cerca de 560 mil passageiros desembarcados na Pontinha por ano, sublinhou o chefe do Executivo, o que tem "efeitos muito consideráveis" na economia regional.
Aliás, frisou, o aumento do molhe da Pontinha é essencial para que o Cais Norte fique operacional e até para a proteção da frente-mar da cidade do Funchal. "Quando houver dinheiro e condições, vamos avançar com esse aumento", acrescentou Albuquerque, que entende que esta é uma obra que "devia ter" comparticipação da República apesar da mesma não ter considerado a sua inclusão no PRR.
Neste âmbito, Albuquerque entende que a prioridade é a construção do novo hospital, para a qual foi recentemente garantido o financiamento de 158 milhões de euros.
Há um estudo preliminar em curso para a ampliação do Porto do Funchal, do qual surgirá também a estimativa de custo para a empreitada, pelo que o financiamento só depois será considerado. O presidente do Governo Regional admite, contudo, que os custos poderão exceder os entre 100 e os 150 milhões inicialmente previstos.
Catarina Gouveia