O MPT- Movimento Partido da Terra considera que a Região Autónoma da Madeira tem capacidade para um maior desenvolvimento, por via do crescimento económico e da cidadania.
"O crescimento da riqueza econômica não é a finalidade última do desenvolvimento, mas um meio para se ampliarem as capacidades dos indivíduos, entre elas um nível de vida decente, acesso à educação e uma vida longa e saudável", nota o MPT, num comunicado enviado às redações.
O partido entende que "inovações e conhecimento, organização flexível do sistema produtivo, desenvolvimento urbano (em termos de infraestrutura e meio ambiente) e instituições adequadas são fatores que contribuem para a acumulação de capital, base para o desenvolvimento. Mas, (...) é a atuação conjunta destes fatores, criando sinergias mútuas", que são a condição para essa a acumulação.
Nesse sentido, nota que "não basta território, conhecimento, tecido social forte, infraestruturas públicas, clusters económicos (tais como indústrias e serviços inovadores), balança comercial favorável para criar desenvolvimento: é necessário sinergias entre todos estes fatores".
O MPT defende ainda uma "forte cidadania e uma correta aplicação da justiça para criar um tecido social forte que promova o conhecimento, o empreendorismo e as sinergias entre os fatores acima mencionados. Isto significa o fim às perseguições políticas, do clima de desconfiança entre cidadãos e compadrio", disse.
Quanto às infraestruturas públicas, o MPT defende a "sua concentração em sedes de concelho (por forma a criar novos polos de desenvolvimento, e consequentemente novas atividades económicas), e no investimento em fontes renováveis de energia elétrica, nomeadamente, em barragens para armazenamento de energia de fonte renovável".
O MPT deixa ainda a sugestão para a "manutenção do cluster do Turismo (através das políticas ambientais sustentáveis) e da construção (através das citadas barragens e novos polos de desenvolvimento) e a criação de dois novos clusters relacionados com o Mar: eólicas offshore e aquacultura offshore (em que o alimento para os peixes é produzido na Região). Mar é o que não nos falta", explanou.
Com estas medidas, o partido pretende que "com o tempo apareçam produtos de substituição (dos atualmente importados), e obtenha-se uma balança comercial favorável que favoreça a acumulação de capital que através de políticas sociais justas desague no desenvolvimento", concluiu.