“É uma satisfação estar de volta depois deste período difícil para todos”.
Estas foram as primeiras palavras de Pedro Calado à comunicação social, depois de ter aterrado finalmente em solo madeirense, passados 22 dias da sua detenção na sequência de suspeitas de corrupção e de favorecimento a grupos económicos.
Aos jornalistas, o ex-autarca funchalense fez questão de agradecer as centenas de mensagens de apoio que diariamente lhe chegavam.
Mais dirigiu agradecimentos à sua defesa, mas também aos agentes da PSP e aos guardas prisionais quer de Lisboa, quer da Cancela.
“Tudo estava preparado para quatro cinco dias e acabou por ser 22 dias. Todos foram muitos profissionais”, asseverou.
Sobre a atuação do Ministério Público, Pedro Calado disse que “cada um está a fazer o seu trabalho”, dando garantias de que está disponível para esclarecer a verdade.
Foi condescendente com o longo tempo de espera, alinhando pelo mesmo tom do seu advogado no sentido de que lhe permitiu uma melhor defesa.
”Foi o tempo necessário. Foi o tempo da justiça”, respondeu, sobre a delonga na sua detenção.
No entanto, não deixou de reiterar a sua inocência face às acusações de que é alvo. “Estamos certos de que não cometemos quaisquer ilegalidades processuais daquelas que estavam na acusação. Isso tem sido demonstrado”, rematou, vincando que na Madeira “não se misturam amizades com situações profissionais”.