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Legislativas 2024: Cafôfo desafia PSD a integrar um “lóbi” regional para defender a autonomia em Lisboa

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
23 Fevereiro 2024
20:11

Paulo Cafôfo considera que a autonomia é “o marco mais significativo nos nossos 600 anos de história” da Madeira.

Num percurso com “momentos difíceis”, mas também “momentos “áureos”, “a autonomia foi o momento mais importante nestes 600 anos, porque é a forma de os madeirenses e os porto-santenses têm de gerir os seus destinos”, mas que é assente “no princípio basilar da solidariedade nacional”.

“A Autonomia faz-se para seremos senhores dos nossos destinos, mas também é para garantir a coesão nacional”. Ambas existem hoje, garante, “apesar de [a autonomia] precisar de ser melhorada e aprofundada”, exemplificando com o financiamento a 50% do novo hospital e os 5% do valor do PRR, o dobro do rácio da população (2,5%). “Portanto, duplicamos as verbas. São 706 milhões de euros, mas seria pouco mais de 350 milhões de euros”, afinou.

Mas, mesmo havendo solidariedade, indicou, “não significa que não tenhamos de ser exigentes com a República, porque há matérias por concluir”.

Por outro lado, Paulo Cafôfo criticou o uso da autonomia como “arma de arremesso”. “O PPD/PSD, infelizmente, nos últimos anos, fez muito barulho, muita algazarra, mas teve pouco efeito prático sobre aquilo que se tem conseguido para a autonomia”.

“Eu não vejo a autonomia como uma briga entre a Madeira e Lisboa. A autonomia tem de ser feita, sobretudo, pelo diálogo”, atirou, acrescentando que na experiência governativa que adquiriu no Governo da República notou “uma grande sensibilidade pelas regiões autónomas”.

“A autonomia não pode servir para a partidarite, para camuflar a incapacidade de governar bem a Região”, mencionou depois, criticando que o executivo madeirense não esteja a usar plenamente o diferencial fiscal de 30%.

“A autonomia tem de ser aprofundada. Acho que temos de estar todos juntos, mesmo com as nossas divergências, mas há que criar aqui um lóbi. Este é o grande desafio: os principais partidos do arco de governação criarem um lóbi para defender uma autonomia todos juntos e não criar divisionismos”, referiu.

O frente a frente entre os cabeças de lista da coligação PSD-CDS Madeira Primeiro e o PS, que está a decorrer, é o quarto e último debate promovido pelo JM, rádio JM FM e pelo canal naminhaterra.com.

Moderado por Miguel Silva, diretor do JM, e por Isabel Nóbrega Sá, jornalista da JM FM, o debate será conduzido nas instalações do canal Na Minha Terra.

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