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CMF diz que ameaça da Confiança de auditoria à Sociohabita é “risível” e “puro oportunismo político”

Data de publicação
09 Fevereiro 2024
17:58

Foi com acusações de “puro oportunismo político” e “desnorte” que a Câmara Municipal do Funchal (CMF) reagiu, hoje, ao pedido de auditoria à Sociohabitafunchal que a Coligação Confiança revelou, ontem, estar a ponderar solicitar ao Tribunal de Contas.

Recorde-se que esta pretensão da oposição foi anunciada após a reunião camarária desta quinta-feira, na qual foi aprovada uma majoração de 10% do montante transferido para esta empresa municipal, o qual agora se cifra agora em mais de um milhão de euros.

Este incremento do apoio alocado levantou, no entanto, questionamentos e dúvidas por parte da Confiança, que rememorou que, em 2021, tais transferências não ultrapassavam os 400 mil euros, apontando, assim, a existência de um “aumento substancial que não foi justificado” e que “não é normal, ainda mais nos contornos bastante opacos em que a sua antiga administradora saiu”.

Certo é que, para a edilidade, esta postura de desconfiança da coligação “não só risível como até ridícula”, “já que não passa de puro oportunismo político, que revela bem o desnorte que, desde outubro de 2021, rege as ações políticas do anterior executivo municipal”, conforme sublinha uma nota enviada à redação.

“Tendo em conta que o principal objetivo do contrato-programa agora aprovado visa ajudar as famílias inquilinas do Município do Funchal, cujos parcos recursos económicos e financeiros são públicos, a que acresce o importante trabalho social que é efetuado nos complexos habitacionais do Funchal, urge denunciar publicamente a atitude da coligação Confiança de lançar falsas suspeitas e infundadas acusações sobre o atual executivo, atacando o apoio agora atribuído àqueles que verdadeiramente necessitam”, começa por enunciar a autarquia, que lamenta ainda a “falta de memória da autêntica catástrofe que pautou a sua gestão pelo anterior executivo”, “ao ponto de até haver um administrador que nem comparecia na empresa, embora continuasse a usufruir do seu salário como alto dignitário da mesma”.

Neste ponto, a câmara agora liderada por Cristina Pedra mais chamou à conversa o sucedido na Frente Mar Funchal, a qual afirma ter sido um “exemplo da péssima gestão das empresas municipais do anterior executivo municipal”, que obrigou, inclusivamente, à intervenção financeira da CMF, em 2021, para assegurar salários, com a injeção de cerca de um milhão de euros.

Mas a edilidade não ficou por aqui: “É igualmente de recordar que esta empresa terminou o ano de 2020 com um prejuízo de 1,7 milhões de euros e que, inclusivamente, a anterior vereação queria encerrá-la, colocando em risco as dezenas de postos de trabalhos”, aditou ainda, congratulando-se com a gestão rigorosa e transparente que agora pauta a Frente MarFunchal, a qual não só dá atualmente lucro, como também “deixou de ter funcionários que recebiam o salário sem comparecer no local de trabalho”.

Por seu turno, lamentando a “gestão caótica” e “calamitosa” da anterior executivo, o gabinete da presidência da CMF não deixou também de condenar e de considerar “bizarro” e “até irracional” o voto contra da Confiança à proposta em causa, uma vez que a elaboração do contrato-programa, cujos objetivos permanecem os mesmos, mereceu a sua aprovação entre os anos de 2021 e 2023.

“O gabinete da presidência da CMF garante aos funchalenses que não teme ameaças e intimidações da Confiança, que estas não nos irão demover do nosso trajeto, nem tão pouco nos vão amedrontar, dado que estaremos sempre com as famílias que mais necessitam do nosso apoio”, finda a mesma nota.

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