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Casa do Artesão para colocar o Campanário na rota turística

JM-Madeira

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Data de publicação
01 Abril 2021
5:00

Por iniciativa da autarquia da Ribeira Brava, o Campanário está agora dotado de um novo espaço cultural, que para além de um papel de formação pretende também agregar exposições de arte popular e atrair turistas, dando maior visibilidade à freguesia.

Está inaugurada a Casa do Artesão no Campanário. Trata-se da reabilitação da primeira escola básica construída de raiz no concelho, num edifício datado de 1934 que posteriormente foi ainda sede da Junta de Freguesia local. Na metamorfose operada foram investidos 170 mil euros da Câmara Municipal da Ribeira Brava, comparticipado em 83 mil euros via ADRAMA.

O espaço agora requalificado, como o nome indica, destina-se a formação e exposição de arte popular, com Ricardo Nascimento a relevar que este era um compromisso que tinha com a população e que, pese as críticas, continuará a apostar nestas obras de proximidade.

"Agora com o nível de endividamento baixo é possível fazer estes investimentos", disse, garantindo que a sua autarquia vai usar "até ao último tostão os apoios existentes" considerando ser esta sua postura aquilo que faz a diferença para outros concelhos que criticam que "é tudo para a Ribeira Brava".

Isso acontece, porque, releva, o seu município "candidata-se a tudo o que for possível", apresentando o projeto agora inaugurado como um dos exemplos. "Este é um dia de muita felicidade para o Campanário", disse mais à frente, prometendo mais obras para breve. Ricardo Nascimento quer ainda que a Casa do Artesão seja um polo de atração turístico, ‘convidando’ desde já as mais diversas entidades para que ali possam fazer exposições, depois de fazer a resenha do edifício. "Volta a ser um espaço de aprendizagem", registou, recordando que os professores, nesses primórdios da escola, ali pernoitavam.

A seu lado, Miguel Albuquerque tranquilizou-o, aconselhando-o a "não se preocupar com as críticas porque só são criticados os que fazem obra". O presidente do Governo Regional elogiou o espaço, falou da importância da transmissão de valores através da cultura e registou a nova geração de designers madeirenses.

"É preciso incorporar os jovens, dar formação para que libertem a imaginação e integrá-los no circuito", disse, não se poupando nos elogios à obra ali realizada, bem como à modernidade do resultado final. Hoje, o espaço volta a ter essa componente educativa, reservando ainda um andar superior, para um alojamento à disposição de formadores que ali cumpram funções. "É uma obra belíssima que irá preservar e difundir a cultura popular, que deve ser apoiada e valorizada", reforçou Albuquerque.

A jusante, dada essa componente de formação e atração turística, o município estabeleceu já protocolos de cooperação com as secretarias que tutelam a Agricultura e o Turismo, numa perspetiva de dinamização do local.

O novo espaço propicia oportunidade dos locais ali efetuarem o seu trabalho. Na inauguração, o artesão Avelino teve destaque especial. Invisual há 14 anos, tem 56 anos de idade e exerce esta atividade há mais de 40. Trabalha a madeira como poucos, com ênfase para gaiolas que constrói. Partilhou a sua satisfação, referindo que era uma lacuna e crendo que projetará a pacata para ‘outra’ exposição cultural.

Pároco do Campanário benzeu a Casa do Artesão, numa inauguração em que Nascimento convidou governantes, autarcas e deputados regionais.

David Spranger

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