Paulo Cafôfo disse hoje que o discurso de Miguel Albuquerque, na tomada de posse, mostrou que “parece que vive numa realidade paralela”.
“Aquilo que descreveu sobre a situação na Região não é aquilo que os madeirenses efetivamente vivem, quando estamos a falar da região do país que tem a maior taxa de pobreza ou da região do país que tem milhares de pessoas em lista de espera, ou que não conseguem uma habitação, ou dos idosos que não têm a dignidade que merecem, depois de darem tanto à sua região e ao seu desenvolvimento”, avaliou.
Por isso, acrescentou, “espanta-me que agora venha dizer que agora é que é. Teve nove anos para resolver estes problemas e não os resolveu”.
Espantou-se também com a predisposição de Albuquerque para o diálogo. “Eu nunca vi Miguel Albuquerque disposto para o diálogo, bem pelo contrário, sempre teve uma arrogância na forma de exercer o poder”.
Falou ainda da “ameaça do orçamento”, mas garantiu que os socialistas “não aceitam ameaças”.
“É preciso lembrar que não temos orçamento aprovado, porque, precisamente, Miguel Albuquerque demitiu-se na véspera da aprovação do orçamento para 2024”, disse, considerando que poderia ter sucedido na Madeira o que aconteceu no Continente: primeiro o orçamento aprovado, depois a demissão do primeiro-ministro António Costa.
“Se temos instabilidade, isso deve-se a Miguel Albuquerque”, concluiu.