O primeiro interrogatório aos três arguidos, que estava agendado para as 14 horas, ainda não começou. Volvidos seis dias após as suas detenções, os advogados ainda só entregaram requerimentos.
O mais complicado, na ótica de quem pretende prestar os esclarecimentos devidos, é que os interrogatórios têm de terminar às 17 horas devido à greve dos funcionários judiciais. Mas como nem sequer começou, o mais provável é que esta primeira interpelação volte a ser adiada.
Aliás, durante toda a semana, as sessões judiciais terão de ficar concluídas no máximo até às 17 horas, hora de saída dos funcionários.
Custódio Correia seria o primeiro a ser inquirido, mas continua à espera nas instalações do Campus de Justiça, em Lisboa, assim como Pedro Calado e Avelino Farinha.
Paulo Sá Cunha, advogado de Pedro Calado, admitiu durante a pausa para almoço que a fase de inquérito possa durar toda a semana e só na sexta-feira é que serão determinadas as medidas de coação. Feitas as contas, o período de detenção poderá atingir os 10 dias, praticamente o dobro dos arguidos na operação Influencer.
Segundo fonte judicial, o processo foi distribuído ao juiz Jorge Bernardes de Melo, do Tribunal Central de Instrução Criminal, e os arguidos e os advogados tiveram na sexta-feira acesso aos factos em causa e aos elementos de prova.