Paulo Cafôfo terá os dias contados dentro do atual Governo da República. A notícia é da edição de hoje do Correio da Manhã.
A forma como o (ainda) secretário de Estado das Comunidades terá informado o primeiro ministro acerca da sua candidatura à liderança do PS Madeira não terá sido do agrado de António Costa que, de acordo com a notícia, prepara alguns reajustamentos no seu governo e o político madeirense não irá sobreviver.
Segundo se pode ler no Correio da Manhã, Cafôfo "terá informado Costa da sua candidatura à liderança do PS Madeira através de uma mensagem telefónica e, de seguida, terá feito o anúncio público da sua candidatura sem ter esperado por uma resposta do (também) secretário-geral do PS". E António Costa não apreciou este modus operandi.
Recorde-se que o anúncio dessa candidatura à sucessão e Sérgio Gonçalves foi efetuado a 3 de outubro passado, tendo Cafôfo, na altura, afirmado que esta seria a "causa da sua vida", conquanto tenha "manifestado intenção de continuar no Governo de António Costa, por considerar que o exercício dos cargos de governante e de presidente do PS Madeira não são incompatíveis".
Pese esta intenção, o Correio da Manhã diz saber que "a sua saída é dada como um dado adquirido no Governo e no PS.
No limite, o motivo invocado para a provável saída de Cafôfo do Governo, segundo várias fontes, é a sua missão, enquanto futuro presidente do PS Madeira, de fazer oposição ao Governo do PSD na Madeira nos próximos quatro anos", conforme se pode ler, referindo-se que Paulo Cafôfo não entrou nas listas do PS ao Parlamento Regional, pelo que essa oposição terá que ser exercida à margem do hemiciclo.
As eleições do PS Madeira estão aprazadas para o próximo dia 2 de dezembro e, por agora, não é conhecida qualquer intenção de uma outra lista candidata à liderança.
Acrescenta o Correio da Manhã que os ajustes no Governo de Costa devem acontecer ao nível do Ministério dos Negócio Estrangeiros, precisamente ao que se reporta Paulo Cafôfo, com o atual titular, João Gomes Cravinho a ser apontado como "um potencial remodelável", ainda neste ano de 2023.
David Spranger