O JPP afirmou, hoje, que Miguel Albuquerque passará à história e pela porta do “espesso negrume”.
Numa nota enviada à redação, Élvio Sousa, líder parlamentar do JPP, não deixou de recordar o trabalho e as denúncias feitas ao longo dos anos pelo seu partido, reiterando sentir um “imenso orgulho” no facto de a sua metodologia de fiscalização ter “finalmente dado resultados significativos”.
Mais congratulou-se pelo facto de desde o início, e até à constituição de Miguel Albuquerque como arguido, o seu partido ter pedido “que o próprio despisse as vestes da imunidade, uma capa protetora que o próprio ontem reconheceu, após solicitação do JPP, vir a requerer o levantamento”.
Mais afirmou que o grande “cisma político” “não esteve nas buscas, mas sim no volte-face do PAN”, que requereu individualmente e pessoalmente, a partir de Lisboa, o afastamento do atual presidente do Governo Regional.
“Pelo que se assiste Miguel Albuquerque passará presumivelmente à História, e com final infeliz de uma porta envolta num “espesso negrume””, aditou Élvio Sousa.
Sobre este processo, o deputado fez ainda questão de recordar que “uma das denúncias entregues à Procuradoria-Geral da República em 2023, envolve a matéria indiciada agora nos inquéritos, e sustentada em 22 pontos, a saber: situações que poderão consubstanciar os crimes de recebimento ou oferta indevida de vantagem, corrupção passiva agravada, corrupção ativa agravada, peculato, participação ativa em negócio e abuso de poder”.
“A queixa sustenta, entre outros aspetos, as declarações de Sérgio Marques, de favorecimento e aceleramento de obras de vulto; a concentração da titularidade dos órgãos da comunicação social na Madeira detida por dois grupos económicos (AFAVIAS e Grupo Sousa); a falta de concorrência nos portos do Caniçal e Porto Santo por um operador que não pagou renda durante 30 anos, e que ainda não está definitivamente apurado o valor real da renda, paga em 2023; bem como o monopólio reinante no que concerne à logística dos produtos petrolíferos na Região”, finda.