Após o Primeiro-Ministro, Durão Barroso, o País não teve Estadistas à frente do Governo da República.
Portugal está nas mãos do monopólio de escolher que a partidocracia conquistou. Esta por sua vez nas mãos da plutocracia nacional e estrangeira, blindada no conforto do secretismo.
Foi a plutocracia, nacional e estrangeira, que levou à ida de Passos Coelho para o poder. Um indivíduo que, ao contrário de muitos Quadros do então PSD, apesar de conservador, no entanto, desde a JSD, é acérrimo defensor do Sistema Político da Constituição de 1976, imposto sem nunca referendado pelo Povo soberano.
Como tal, um centralista não simpatizante das Autonomias Políticas insulares, muito menos da sua necessária progressividade, e nada entusiasta da necessária descentralização política do Continente português.
Hoje, no poder interno, no PSD, está continuada a sua linha política. Que sobreviveu numa permanente agressividade a Rui Rio e às raízes do PSD, ao ponto desonesto de ter enfraquecido o Partido no provocar de eleições internas um mês antes de eleições nacionais. Era preciso que Rui Rio não chegasse a Primeiro-Ministro para, depois, eles ocuparem o PSD. No que tiveram a ajuda regional da “renovação”.
Não é segredo que à cultura colonialista, nos círculos políticos ditos à “direita” - o caso de que estamos a falar - bem como nas oligarquias que os sustentam, serve-lhe este Sistema Político inadequado ao futuro dos Portugueses.
Além de que, hoje, pouco vai sobrevivendo do que é a Doutrina Personalista e Social-Democrata de Francisco Sá Carneiro, coerentemente também descentralizadora em termos de devolver Portugal aos Portugueses.
Hoje, o que temos - e não só no Partido Social Democrata - é a mediocridade organizada em bandos que assaltaram os Partidos, a fim de ser monopólio deles o exercício do Poder, e poderem auferir-lhe prebendas.
É necessário recordar este quadro político para perceber o que hoje se passa na Madeira.
O genocídio social que Passos Coelho trouxe ao País, só não estoirou o PSD, porque António Costa também não é um Estadista e levou o PS a uma governação desastrosa. Ora, um dos objectivos do grupo Passos Coelho e seus poderosos “sponsors” era travar a progressão natural das Autonomias Políticas insulares. Retornado de África, todos os passos libertadores desagradavam-lhe.
Quando do meu enfarto cardíaco, Janeiro 2011, ainda eu nos “cuidados intensivos” já se faziam reuniões para a sucessão.
Segurei o barco e obteve-se mais uma maioria absoluta, a mais pequena das dez, mas maior que única da “renovação” (2015).
Todo o tipo de grupos de pressão, alguns na Madeira e outros fora, incluindo “sociedades secretas”, apesar de mais uma maioria absoluta em 2011, não hesitaram em mobilizar tudo ao seu alcance, desde gente do mais reles, ao dinheiro e alguma comunicação social - destes, hoje, vários contratados pela “renovação” - para “exterminar” a Revolução Tranquila da Madeira.
Era o ajuste de contas da “Madeira Velha” derrotada.
A “renovação” e Passos Coelho foram ao ponto de organizar, no Funchal, uma “homenagem” ao líder do grupo económico que durante quarenta anos, desde logo a seguir ao 25 de Abril e em parceria com os comunistas, através da sua comunicação social atacou, mentiu, caluniou o PSD!
Apesar da maioria absoluta de 2011, logo em 2012 juntaram-se, dentro do PSD regional, todos aqueles que ambicionavam ou lhes tinha sido prometido “tacho”, ou que, não autonomistas, embirravam comigo e com os que lealmente me acompanhavam.
E mais. Até companheiros (?) meus de direcção ou instituições partidárias, sem vergonha, reuniam-se comigo e ao mesmo tempo com a “renovação”!
Para verem...
Neste escrito, por caridade cristã, não ponho nomes. Mas não me obriguem a isso...
Em 2013, eleições autárquicas. Essa gente derrotada nas eleições internas de 2012, mandou votar no Partido da Oposição que estivesse em melhor posição para derrotar o PSD!...
Vejam a “inteligência” de quem estamos entregues!... O PSD tinha então as onze Câmaras. Nunca mais recuperou.
Nos termos dos Estatutos do Partido, legal e legitimamente procedeu-se contra os responsáveis pela traição, sendo alguns expulsos. Só que o líder da “renovação” não o foi, porque o então presidente do Conselho de Jurisdição se recusou a avançar também com este processo.
Hoje está premiado com um lugar de destaque no Partido da Rua dos Netos.
Por causa deste indivíduo é que a História da Madeira, destes últimos dez anos, não é diferente.
Só não conseguiram atingir-me nas Instituições europeias, onde nem mesmo hoje têm capacidade de penetração.
Depois ainda ganhámos as eleições europeias, mas com tantas facas nas costas e porque um líder tem de unir e não dividir, o que então já não conseguia, decidi retirar-me.
Quando entendi e não quando e como o “lumpen” queria.
As ordens passaram a ser DIVIDIR. Apagar todo o trabalho das minhas equipas. Eliminar todos os vestígios de quarenta anos. Até publicações e fotografias. Como Hitler. A História da Madeira começava só em 2015. Nem a “Madeira Velha” apoiante deles, escapava!...
Passos Coelho, na sua psicose contra a minha pessoa, na primeira reunião da nova Comissão Política Regional decretou: “daqui a três semanas já ninguém se lembra dele”...
Ao que se seguiu o disparate de até hoje. Uma liderança empenhada em dividir e em “vingançazinhas”, em vez de unir.
Até chamados a integrar o próprio Governo Regional, indivíduos que antes sempre fizeram oposição ao PSD/Madeira, ou tinham sido expulsos por traição! E um novo modelo de desenvolvimento errado. Sem as reivindicações autonomistas imprescindíveis. Montagem de um sistema de subsidiodependência que vai desde pessoas em geral aos filiados do PSD, passando pelo turismo e por algumas empresas, ao ponto de comprometer a Qualidade de Vida e não impedir a concorrência desleal.
Ilegalmente, porventura por eleitoralismo, não cobranças de dívidas aos cofres da Comunidade. Habitação de iniciativa pública, parada quase uma década. Tudo na estratégia nacional de redução do peso da Classe Média, em favor de subsídiodependentes que pagam com os votos.
O mais “original”, na Madeira, é que tudo isto foi montado com a participação cúmplice da Oposição que parlamentarmente ia concordando com estas opções.
Porquê?... O que está por detrás disto?!...
O assalto ao PSD/Madeira e a sua debilitação, conseguindo a paragem das reivindicações autonómicas pela “renovação”, foi apenas a primeira parte da trama.
Seguiu-se a destruição do BANIF.
Tal como dos Bancos madeirenses, na ditadura.
Terceira parte, agora, estas cenas do aparelho de justiça (?) que, sem nada provar, servem para prolongar suspeitas sobre Instituições, Políticos, Empresários e Outros, desgastando ainda mais o prestígio e a força que a Madeira teve. A “renovação” faz assim o papel de “idiota útil” dos que afinal a usaram.
Eis a conspiração medíocre contra o Povo Madeirense e contra a Autonomia Política que lutaremos para ampliar.
Os Madeirenses não podem estar prisioneiros deste ponto e destes partidos a que se chegou!
A questão põe-se agora muito clara. Os que são Autonomistas Sociais-Democratas querem UNIR o PSD Madeira/Partido da Autonomia e voltarmos a ser a “vanguarda revolucionária” capaz de ganhar o futuro?
Ou vão sacrificar tudo a uma pessoa e à sua pequena côrte?...
Quem quiser, que se renda, que aceite, que seja cúmplice...
Eu, NÃO!