Portugal assumiu hoje o compromisso de apostar em políticas de redução do risco de catástrofe através de um investimento na prevenção e preparação, como é o caso da Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva.
"A mensagem muito clara que deixei teve a ver com o nosso compromisso nacional de alinharmos com aquelas que têm sido também as prioridades definidas pelas Nações Unidas no que diz respeito às políticas do âmbito da preparação, prevenção e redução do risco de catástrofe", disse à agência Lusa a secretária de Estado da Proteção Civil.
Patrícia Gaspar participa esta semana, em Bali, no Fórum das Nações Unidas sobre a redução do risco de desastres, em que estão em debate temas relacionados com as mudanças climáticas, identificação e avaliação dos riscos, desenvolvimento de capacidades, gestão do risco de desastres, impacto e resiliência sociais, risco urbano e planeamento, bem como saúde e estruturas hospitalares.
A secretária de Estado afirmou que manifestou o compromisso do país "em acelerar a implementação da estratégia de Sendai" (documento internacional focado na redução de desastres adotado por países-membros da ONU) e atribuir "a máxima prioridade às políticas de redução do risco de catástrofe".
"No fundo é este o compromisso do Governo português e foi esse o compromisso que viemos deixar aqui", disse, destacando que partilhou no fórum a Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva adotada em Portugal e que se traduz num compromisso a 10 anos baseado em cinco objetivos operacionais e mais de 130 de medidas concretas nesta área de redução do risco de catástrofe.
Segundo a governante, as Nações Unidas manifestaram interesse nesta Estratégia Nacional para uma Proteção Civil preventiva, que visa a redução do risco de catástrofe, é um "documento pioneiro no mundo" e abrange todas as áreas governativas.
"Portugal comprometeu-se a partilhar este documento e de alguma forma, com essa partilha, ajudar outros países que possam querer implementar um instrumento semelhante. Estamos convencidos que é um instrumento fundamental para a próxima década", disse.
Patrícia Gaspar esclareceu também que "tudo o que é política na área da prevenção e preparação não são políticas cujos resultados se podem ver em meses", tendo de ser "um compromisso estruturado com um prazo mais longo".
A secretária de Estado disse ainda que este fórum visou igualmente "avaliar e debater o progresso da estratégia de Sendai, instrumento global fundamental nas questões da prevenção e preparação", numa altura que faz sete anos que esta estratégia foi adotada e dois anos após o início da pandemia de covid-19, "uma catástrofe quase silenciosa que transformou o mundo e a forma como trabalhar estas questões".
O fórum sobre Redução do Risco de Desastres termina na sexta-feira e conta também com a participação dos presidentes da Autoridade nacional de Emergência e Proteção Civil e da Câmara Municipal de Matosinhos.
LUSA