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União Europeia critica condições "inaceitáveis" de migrantes na Bósnia

JM-Madeira

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Data de publicação
02 Janeiro 2021
22:35

Cerca de mil migrantes estão a viver em risco devido ao frio e chuva desde que um incêndio destruiu, em 23 de dezembro, um acampamento na cidade bósnia de Bihac, na fronteira com a União Europeia, foi hoje denunciado.

"A situação é absolutamente inaceitável. As vidas e os direitos fundamentais de várias centenas de pessoas estão em sério risco", afirmou o representante especial da União Europeia (UE) na Bósnia, Johann Sattler, depois de uma reunião com o ministro bósnio da Segurança, Selmo Cikotic.

O acampamento Lipa, situado na região com o mesmo nome, foi inaugurado em abril e abandonado em 23 de dezembro pelas equipas da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que fazia a sua gestão, devido à falta de condições para abrigar os migrantes durante o inverno.

O campo nunca recebeu ligação à rede elétrica e não tinha água canalizada.

O incêndio deflagrou imediatamente a seguir às equipas saírem, tendo sido, segundo a polícia, um provável protesto dos próprios migrantes contra a retirada da OIM.

Sattler encontrou-se hoje com o ministro bósnio, juntamente com os embaixadores austríaco, alemão e italiano na Bósnia, segundo uma declaração da delegação da UE em Sarajevo.

A discussão centrou-se nas possíveis "soluções urgentes para uma situação extremamente preocupante", adiantou a mesma fonte.

A Comissão Europeia, que financia o funcionamento de vários centros de acolhimento de migrantes na Bósnia, e a OIM já pediram a abertura de um novo centro na cidade de Bihac, mas as autoridades municipais opõem-se devido à pressão dos moradores da zona.

Embora o Governo federal da Bósnia também defenda a reabertura desse centro, que poderia acolher 2.000 pessoas, não pode impor a decisão ao poder local, já que o país tem um regime muito descentralizado.

Para tentar amenizar a crise, o Governo enviou o exército, que está a montar tendas no local do acampamento incendiado, mas os migrantes recusam-se a usá-las por não terem aquecimento ou água corrente.

Lusa

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