O Teatro Municipal Baltazar Dias recebeu ontem, dia 30 de julho, um dos dois espetáculos agendados do projeto ‘Inclusão com (Re)percusão’. O intuito é promover a inclusão social através da arte.

Nascido da colaboração entre dois grupos de música, o grupo TAMPA, da Companhia 48 do Centro de Reabilitação Psicopedagógica da Sagrada Família - Irmãs Hospitaleiras (CRPSF) e o grupo camachofones, o projeto, criado em novembro de 2020, procura unir a qualidade do trabalho artístico de um, à experiência de inclusão do outro.

O ‘Inclusão com (re) percussão’ foi uma iniciativa do Teatro Municipal Baltazar Dias e reúne os sete músicos que compõem o grupo musical Camachofones, doze pessoas assistidas do CRPSF, quatro professores do CRPSF e uma animadora, com o objetivo de preparar dois espetáculos a serem apresentados ao público. Um deles foi apresentado esta sexta-feira e o segundo está agendado para dia 4 de setembro no Cais do Carvão, no Funchal, numa hora ainda a definir.

Num comunicado enviado às redações, o CRPSF destaca a importância deste projeto para "as pessoas assistidas integrantes da Companhia 48, pois permite-lhes viver a experiência verdadeira de ser artista: preparar um espetáculo e sair em digressão a promovê-lo. Esta oportunidade torna-os capazes de partilhar conhecimentos, de aprender novos ritmos (samba, techno, valsa e afrobeat) e por último e não menos importante, proporciona a oportunidade de apresentar espetáculos com um grupo de renome da RAM".

As irmãs hospitaleiras relevam ainda a envolvência das pessoas assistidas neste projeto. "Os ensaios são encarados por todos com muita euforia e responsabilidade. E apesar de serem ensaios densos (2h), conseguem manter a energia e a concentração. Como as sessões são realizadas ao ar livre, dá também a oportunidade às demais pessoas assistidas que se encontram nas Unidades, de ouvir e dar um pezinho de dança, desde as suas varandas, ao som dos ritmos e músicas alternativas que este grupo veio apresentar".