A Casa da Imprensa em Lisboa será palco de uma sessão evocativa da memória do padre madeirense Jardim Gonçalves, que faleceu no dia 22 de dezembro, numa iniciativa agendada para o próximo dia 27 de janeiro, data em que o sacerdote completaria 93 anos.
A cerimónia, que de acordo com o 7Margens está a ser preparada por pessoas que se cruzaram com ele em vários dos trabalhos em que se envolveu – incluindo o jornalismo, contará com intervenções dos jornalistas José António Santos, Alexandre Manuel e Inês Rapazote, além de Fernando Abreu, José Luís Judas, Natividade Cardoso, Francisco Fanhais e dos padres Horácio Noronha e Peter Stilwell.
Recorde-se que Agostinho José Luís de Jesus Jardim Gonçalves nasceu a 27 de janeiro de 1932 na freguesia de Santa Maria Maior, no Funchal, tendo sido ordenado padre em 1956.
Depois de uma passagem pela paróquia de Machico, foi nomeado chefe de redação do Jornal da Madeira pelo bispo David de Sousa, função que o catapultou para o cargo de assistente nacional da Juventude Operária Católica Feminina e da Liga Operária Católica.
Na década de 1980, em França, foi responsável do Comité Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento, organismo do episcopado francês para a cooperação com a América Latina.
Em 1988, fundou, em conjunto com o frade dominicano Luís de França e o pastor da Igreja Presbiteriana, José Manuel Leite, a Oikos em Portugal.
Além de ter sido pároco de Alfornelos, na Amadora, assumiu o cargo de chefe de gabinete do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Em 2019, na sequência de um problema de saúde, passou a viver na Casa do clero do Patriarcado de Lisboa, onde viria a falecer no dia 23 de dezembro de 2024.
O jornalista José Pedro Castanheira será o moderador da cerimónia, que decorre no salão nobre da Casa da Imprensa, a partir das 18h00.