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Restrições serão mantidas durante todo o verão

JM-Madeira

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Data de publicação
28 Julho 2021
5:00

A Região não deverá aliviar, neste verão, as medidas de contenção da pandemia em vigor, como o recolher ou uso obrigatório de máscara. Apesar de ser possível atingir a imunidade de grupo antes de setembro, “em finais de agosto”, há outros fatores que podem condicionar o aligeirar das restrições, nomeadamente o número de internamentos e o número de casos positivos de covid-19, que deverão aumentar em agosto.

Em declarações ao JM, o diretor regional de Saúde começou por dizer que, atualmente, 62% da população residente está vacinada com a primeira dose e 50% tem já a vacinação completa. “Provavelmente, vamos atingir a meta dos 70% antes do que estava estimado. Se tudo continuar a correr bem como tem corrido, poderemos atingir esse número em final de agosto”, prevê Herberto Jesus, que referiu ainda que aumentam, contudo, as dificuldades em contactar os utentes nos grupos etários mais jovens, dos 40 anos para baixo, por serem pessoas mais ocupadas e ativas.

“É um problema que acontece em todo o mundo”, ressalvou, garantindo que a Região está a reforçar os contactos a estes utentes. Para além disso, “estamos a entrar no mês nobre das férias”, o que pode dificultar ainda mais os agendamentos. “Mas, penso que as pessoas não podem perder a oportunidade de ser vacinadas, porque a vacina é um bem muito precioso”, disse Herberto Jesus, comentando ainda que, na Madeira, há uma postura generalizada de aceitação da vacinação, como demonstra o facto de as maiores taxas de cobertura vacinal, no âmbito do Plano Nacional de Vacinação, serem da Região. “O negacionismo na Madeira não é relevante”.

Questionado sobre se as medidas de contenção em vigor poderão ser aliviadas em setembro caso seja atingida a imunidade de grupo em finais de agosto, o responsável pela ‘task force’ regional da vacinação contra a covid-19 respondeu negativamente. As restrições são para continuar por mais tempo.

“Temos de analisar várias variáveis. Temos de olhar também para a situação epidemiológica. Mesmo se tivermos 70% da população vacinada, se continuarem a aparecer casos positivos, - e sabemos que os números vão aumentar - vamos ter de manter os cuidados”, até porque “a vacina não é um tratamento, só impede que se tenha doença severa”. Por isso, “nada de aligeirar as medidas” nos próximos tempos, apesar de “ser complicado fazer futurologia”, reconheceu Herberto Jesus. Há ainda de ter em conta um fator muito importante: o agravamento ou não da doença, por via do aumento de internamentos, uma situação atualmente controlada na Região. Herberto Jesus falou ainda num outro aspeto que poderá prolongar o período de restrições para outubro
ovembro: “vamos começar a campanha da gripe vamos ver o que vai acontecer. No ano passado, não tivemos casos, porque as pessoas estavam todas com máscara. Se assim se mantiver, teremos novamente pouca gripe”.

Confrontado com o alívio que se prevê em Portugal continental, nomeadamente ao nível da não obrigatoriedade do uso de máscara no exterior, Herberto Jesus disse que não se deve comparar a realidade do continente com a da ilha da Madeira. “Somos uma ilha pequena com uma grande densidade populacional. Não se pode adaptar a realidade da Madeira à do continente, porque um surto cá toma uma dimensão muito maior”.

O responsável assume que “nós nunca nos regulamos pelo que se diz no continente. Ouvimos e analisamos. Quando as medidas são adaptáveis à nossa Região, adaptamos, quando não são, tomamos outras medidas. A nossa especificidade regional, orográfica e densidade populacional são diferentes”, acentuou.

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Por Paula Abreu

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