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Pedro Nuno Santos defende que “governa quem consegue ter uma maioria”

Data de publicação
27 Maio 2024
0:39

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, rejeitou esta noite imiscuir-se em qualquer decisão sobre eventuais alianças dos socialistas na Madeira, considerando que “governa quem consegue ter uma maioria” e que à direita “é confusão” agora também na região autónoma.

Numa reação aos resultados eleitorais das eleições na Madeira desde a sede do PS em Lisboa, o líder socialista assinalou que, apesar da vitória sem maioria absoluta, “o PSD tem o seu pior resultado de sempre”.

Pedro Nuno considerou que o PS, que ficou em segundo lugar com o mesmo número de deputados das últimas eleições, “continua a ser uma força política incontornável” naquela região.

Questionado sobre as declarações do líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, de que os socialistas estão disponíveis para dialogar e construir alternativas de Governo ao PSD, Pedro Nuno Santos recusou imiscuir-se nesta questão e sublinhou o respeito pela autonomia regional.

“Nunca é bom estarmos sistemicamente em eleições, mas tem de haver estabilidade. Governa quem consegue ter maioria”, respondeu, escusando-se a fazer qualquer juízo sobre eventuais coligações do PS para governar.

Segundo o líder do PS, “à direita é confusão no plano nacional e também na Madeira”.

“Desejo e estamos expectantes que se consiga encontrar neste quadro parlamentar fragmentado na Madeira uma solução de governabilidade que consiga garantir alguma estabilidade politica à região autónoma da Madeira”, disse, numa declaração que começou com uma saudação a todo o povo madeirense, restantes partidos e particularmente ao PS.

Pedro Nuno Santos confirmou aos jornalistas que já tinha falado “várias vezes com o lider do PS/Madeira”, mas reiterou, apesar da insistência dos jornalistas, que nestas eleições há um “principio basilar”: “O PS nacional e o seu secretário-geral não se imiscuem nas soluções que possam advir da configuração parlamentar que temos”.

“Não serei parte em nenhuma negociação, não serei parte em nenhum diálogo regional e por isso não posso estar a fazer nenhuma especulação sobre possibilidades de governação na Madeira”, enfatizou.

A questão da autonomia regional “não é um biombo atrás do qual” o PS nacional se esconda, assegurou Pedro Nuno Santos.

“O PS manteve o mesmo número de deputados, teve mais votos do que nas eleições anteriores e o nosso principal adversário teve o seu pior resultado de sempre. Preferíamos obviamente ter ganho as eleições, mas registamos a força que o PS/Madeira mantém na região da Madeira”, respondeu.

O líder do PS aproveitou ainda esta declaração para responder a Luís Montenegro e ao seu Governo, considerando que aquilo a que se continua a assistir “é a uma grande arrogância por parte de quem tem os mesmos deputados” que o PS na Assembleia da República.

Considerando que não é com arrogância que se consegue “o que quer que seja”, para Pedro Nuno Santos “o mais importante são as políticas que vão sendo apresentadas”, reiterando as críticas ao executivo PSD/CDS-PP por governar “para uma minoria da população” e sublinhando que a “cada pacote de medidas que a AD apresenta mais se distancia do PS”.

O PSD venceu no domingo as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.

Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

A maioria absoluta requer 24 assentos.

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