Nuno Morna, coordenador da Iniciativa Liberal Madeira (IL) veio, em comunicado, relembrar a ameaça que se abate sob o Porto Santo, a partir do dia 24 de fevereiro, nomeadamente no que diz respeito à perda das ligações aéreas com a Madeira.
“Tudo porque nessa data expira a extensão da concessão concedida à Binter”, disse, acrescentando que “Pedro Nuno Santos, atual secretário-geral do PS e ex-ministro das Infraestruturas, nunca foi capaz de solucionar o problema”.
Ainda a este respeito, afirmou que “são prorrogações atrás de prorrogações empurrando o problema com a barriga”.
Retomando a junho de 2023, o deputado recordou ainda a garantia deixada por João Galamba, ministro responsável à época, durante o anúncio do novo terminal sustentável do aeroporto da ilha dourada.
“Garantiu que o serviço de linha aérea regular entre as duas ilhas seria completamente garantido através de uma adjudicação, e não por meio de uma prorrogação. Viram alguma coisa?”, questionou.
Ademais, Nuno Morna sublinha que o acordo de concessão com a companhia aérea espanhola Binter, firmado em 2017, tinha duração de três anos e um valor de 5,5 milhões de euros. E que, posteriormente, em 12 de fevereiro de 2019, o Estado português e a Binter assinaram um novo contrato de concessão para operações de voos regulares na rota Porto Santo-Funchal-Porto Santo, explicando que este contrato, com a mesma duração de três anos, começou em 24 de abril de 2019 e terminaria em 23 de abril de 2022, mantendo o mesmo custo.
“A continuidade deste contrato foi estendida por seis meses, de 24 de abril a 23 de outubro de 2022, e posteriormente recebeu uma extensão adicional de quatro meses, até 23 de fevereiro de 2023”, disse.
“Estamos a dias do termo da prorrogação e nada se sabe. Compete ao Estado assegurar a continuidade territorial. Os porto-santenses não merecem ser tratados assim. O Estado português demite-se das suas obrigações”, rematou.