Na continuidade do debate sobre o Estado da Região, no parlamento madeirense os deputados afetos aos partidos que sustentam o Governo relevam a obra feita, enquanto os opositores vão detalhando as críticas, concelho a concelho.

Sofia Canha, deputada do PS, levou ao debate a Calheta, concelho onde é candidata à Câmara Municipal, trançando um cenário bastante negro do "setor primário, a agricultura, que está abandonado", falando em muitas requalificações que estão por fazer, referindo que "não foi a pandemia que trouxe os incêndios".
Curiosamente, falou de seguida Nuno Maciel, deputado do PSD, oriundo da Calheta, avisou logo que "não, não vou falar da Calheta, porque há lugares próprios para falar disso", referenciando "discursos ressabiados de quem nada consegue fazer", e concentrando a sua atenção em matéria ambiental, elencando tudo aquilo que, considera que o Governo Regional fez nesta matéria.
Antes, fora Carlos Rodrigues (PSD) a fazer uma intervenção política, com fortes críticas à atuação da atual liderança do PS. Falou em períodos "sabáticos" de Paulo Cafôfo, dando o mote para que Miguel Albuquerque considerasse o líder do PS, quando apareceu, "uma figura simpática, que sorria muito, mas o tempo mostrou que essas virtudes só por si não chegam". Depois, "assistiu-se a um certo deslumbramento e quando sofreu três derrotas consecutivas verificou-se uma radicalização.
Já Susana Prada ripostou a Sofia Canha, lembrando que "a maioria dos terrenos florestais da Calheta são baldios", mas que, ainda assim, o Governo Regional com meios próprios limpa e beneficia esses caminhos florestais". Aliás, "também durante todo o ano está lá uma máquina disponibilizada à Camara" para esse serviço.

David Spranger