Outro grande problema do Funchal é o consumo de drogas, designadamente o Bloom, bem como de álcool, por parte de quem não tem tecto onde viver, nem rendimentos mensais, para além do subsídio de inserção social. Logicamente esses fazem vida roubando, e esses furtos a casas e estabelecimentos, causa insegurança, mas não estamos ainda no tempo dos assaltos à mão armada será que para lá caminhamos.
Não há Polícia Municipal que venha resolver este problema, pois todos sabem que essa polícia serve para arrecadar receitas para a Câmara Municipal e basta.
Outro problema é o trânsito, este sem fim à vista, não há túnel que venha solucionar esta situação, ou parque de estacionamento que nos valha. O trânsito é caótico e parece haver mais carros do que gente.
Mais, o comércio tradicional que anda pela rua da amargura e nem o mercado municipal se safa deste marasmo, existem poucos apoios para estes comerciantes, que são o núcleo do tecido empresarial da tradição funchalense.
A Hotelaria está cheia de isenções fiscais, e paga baixos salários, quem enriquece são os Hoteleiros, e o resto que se lixe, nem 100 euros querem aumentar de ordenado aos seus funcionários num ano de recordes.
Acabou-se com a derrama e decidiu-se deixar de tributar as grandes empresas, opção esta de classe, em que se privilegiam os mais ricos, deixando os demais à sua sorte; temos uma Câmara Municipal que prefere endividar-se na banca a retirar certos privilégios às maiores empresas, mas como sabemos a factura vem sempre a seguir.
Parece que só há trabalho na restauração e aí sabemos que os ordenados são baixinhos e trabalha-se muito, por isso a maioria das pessoas declina este tipo de trabalhos, que são a maior parte das vezes uma escravidão de horários trocados, sem folgas ao fim de semana e pior sem horas para almoçar ou jantar, a receber um mísero ordenado mínimo.
A falta de empresas inovadoras, para oferecer aos funchalenses um futuro melhor com ordenados à séria.
Era necessário que estas empresas tivessem a sua sede no Funchal, à custa de benefícios fiscais.
Hoje em dia só se fala em insegurança e no trânsito, a solução é deveras difícil, teria que haver transportes públicos a sério, com saídas mais frequentes, e combater a toxicodependência através de uma comunidade terapêutica, bem como haver mais policiamento nas ruas, talvez recorrendo à GNR e solicitando mais PSP para a Madeira, porque existem poucos polícias para tanto trabalho.
A PSP por vezes está mais ocupada com as operações STOP, que são uma grande fonte de receita.
Outro grande problema do Funchal, é a governação à direita, liberal, em que se utilizam umas esmolas, para agradar alguns com uma espécie de assistencialismo, mas não se ensina a pescar, os programas de emprego estão viciados, e têm pouca saída, a melhor solução ainda é emigrar, e viver como franciscanos, em que não gastamos um centavo daquilo que produzimos, vivemos para aforrar e criar poupança, para um dia comprar uma casa, que por via especulativa venha a triplicar de preço.
Estes são apenas alguns problemas do Funchal, mas o pior é a falta de humanismo, eu sou daqueles que pensam que as pessoas deviam trabalhar menos e ganhar mais, para terem tempo e acesso ao bem estar e qualidade de vida, vivemos todos como escravos do trabalho e andamos aqui em concorrência a ver quem trabalha mais, e quem é o melhor; de certeza que não foi para isso que nascemos, é preciso tempo e dinheiro para aproveitar a vida, e quem tem mais, deve redistribuir um pouco por quem tem menos, porque o tempo das fortunas incalculáveis tem de chegar ao fim, e com isso a escravidão do homem comum, que vive para o trabalho até ter o seu burnout.
O Trabalho está sobrevalorizado, assim como a acumulação de riqueza, já não existem hobbies ou tempos livres, valemos por aquilo que trabalhamos, e não pelo que somos ou pensamos.
Seria necessário uma política mais humana e progressista que levasse a redistribuição dos rendimentos a bom porto e lutasse por uma melhoria das condições salariais e das pensões.
Uns têm a mania que são os únicos a pagar impostos e que o resto não trabalha, e é esta falta de solidariedade que está a matar a sociedade actual, em que não nos vemos como um conjunto, mas o que importa é o ser-humano individualizado, qual narciso, ou mito de Sísifo, caminhamos todos para a decadência e fazemos de cabeça erguida no seu próprio individualismo.
Quanto às taxas de juro, digamos que são uma vergonha e que não servem de combate à inflação, apenas mais uma corda ao pescoço, de quem já não vê terra à vista há muito tempo.