O período de confinamento não travou o número de desaparecimentos de menores em Portugal. De acordo com o Jornal de Notícias, em 2020 o número foi superior ao registado em 2019, ano em que a Polícia Judiciária (PJ) respondeu a 1.004 participações de menores desaparecidos.
No ano passado, a PJ recebeu 1011 participações de desaparecimento de crianças. Foram quase três menores com paradeiro desconhecido por dia, adianta ainda a mesma fonte.
A maioria dos casos - 868 - estiveram relacionados com adolescentes entre os 14 e os 17 anos, mas os inspetores também andaram à procura de 53 meninos com menos de 10 anos. Os restantes 90 desaparecimentos envolveram crianças entre os 11 e os 13 anos.
"O maior volume de episódios de desaparecimento diz respeito a fugas de curta duração, de jovens colocados em instituições", destaca a presidente da APCD, Patrícia Cipriano, citada pelo JN.
No entanto, sublinha que os raptos parentais também têm um grande peso no número de casos. "O rapto parental surge logo a seguir às fugas de instituições entre os motivos para os desaparecimentos de crianças", refere. Por isso, diz, os sequestros e raptos feitos por desconhecidos das vítimas representam apenas 2% dos casos. "O homem do saco raramente aparece", acrescenta.