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EUA/Eleições: Ministro da Defesa acredita que EUA saberão estar “à altura das suas circunstâncias” na NATO

Data de publicação
06 Novembro 2024
18:42

O ministro da Defesa Nacional manifestou hoje a convicção de que os Estados Unidos da América “saberão estar à altura das suas circunstâncias” também no contexto NATO, tal como “aconteceu no passado, independentemente das administrações”.

“Tenho a certeza de que, tal qual sucedeu no passado, independentemente das administrações, republicanos ou democratas, os Estados Unidos saberão estar à altura das suas circunstâncias, também no contexto da NATO”, disse Nuno Melo, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura solene do ano letivo da Academia Militar, no concelho da Amadora, Lisboa.

O governante foi questionado sobre a vitória do republicano Donald Trump nas presidenciais norte-americanas e as consequências que poderá ter no plano geopolítico internacional, tendo começado por realçar que “os Estados Unidos da América são o quarto parceiro comercial de Portugal” e um país “aliado que partilha os valores de referência das sociedades ocidentais”.

Nuno Melo saudou o Partido Republicano pela vitória eleitoral, realçou “a forma impecável como decorreu o processo eleitoral” e desejou “muita sorte” à nova administração.

“Uma administração americana que tenha sucesso, é importante obviamente para os Estados Unidos da América, mas num contexto geopolítico global e, desde logo, no âmbito das nossas alianças, é importantíssimo para Portugal e é importantíssimo para a NATO. E eu acredito que, como sucedeu sempre no passado, independentemente da natureza das administrações, no plano geoestratégico, a Europa e a NATO serão sempre realidades da primeira linha da política norte-americana”, insistiu.

Questionado sobre as declarações de Donald Trump no início deste ano, que incentivou a Rússia a invadir países da NATO que invistam menos em Defesa, o governante não quis comentar diretamente estas afirmações.

“Se eu tivesse que realçar todas as afirmações que são feitas pelos vários líderes políticos nos Estados Unidos e fora dos Estados Unidos em campanha, se calhar não sairíamos daqui. Por isso, a avaliação que eu faço é a que tem a ver com o relacionamento entre dois Estados, países aliados e amigos dos Estados Unidos são absolutamente cruciais no contexto da Europa, da NATO, e enquanto aliado de Portugal”, respondeu.

Já sobre o papel da União Europeia neste novo contexto, Nuno Melo afirmou que “a Europa está, por razão também das suas circunstâncias, obrigada a repensar, e está a fazê-lo também em Portugal, a sua defesa política, no âmbito e no contexto da NATO”.

De acordo com o governante, isto é algo que já está a ser feito, uma vez que Portugal anunciou este ano, na cimeira da NATO, em Washington, a intenção de atingir os 2% do Produto Interno Bruto em despesas com a Defesa até 2029 – antecipando em um ano a meta anteriormente fixada pelo Governo de António Costa.

O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51,1% contra 47,4% dos votos contados.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.

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