A guerra russa contra a Ucrânia provocou a morte de 489 crianças e jovens e 1.206 ficaram feridos, anunciou hoje a Procuradoria-Geral ucraniana, no dia em que o país celebra o Dia do Pai.
Os casos mais recentes ocorreram no sábado, quando um rapaz de 15 anos e o pai foram mortos por um míssil russo que atingiu o automóvel em que viajavam na região de Kherson, segundo as autoridades.
Na mesma região, um jovem de 17 anos ficou ferido em consequência de um bombardeamento russo contra a aldeia de Kozatsk, noticiou a agência ucraniana UKrinform.
Um bombardeamento "das tropas do Estado agressor" feriu uma menina de 9 anos em Kostyantynivka, na região de Donetsk, também no sábado, acrescentou a mesma agência.
"De acordo com as informações oficiais dos procuradores de menores, 489 crianças foram mortas e 1.026 ficaram feridas com diferentes graus de gravidade", disse a procuradoria numa mensagem divulgada na rede social Facebook.
Os números não são definitivos, estando em curso trabalhos para verificar a situação "nos locais de hostilidade, nos territórios temporariamente ocupados e nos territórios libertados" acrescentou a Ukrinform.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Para assinalar o Dia do Pai na Ucrânia, o Presidente Volodymyr Zelensky divulgou uma mensagem na rede social Twitter a desejar que todos os pais que estão na guerra possam regressar a casa.
"Que os nossos pais tenham uma vida longa e saudável. E que todos os pais que estão na linha da frente regressem a casa", escreveu Zelensky na rede social Twitter.
"Obrigado a todos os pais ucranianos, a todas as famílias ucranianas, pelos nossos soldados fortes e corajosos que defendem a independência da Ucrânia e estão a lutar pela vida da Ucrânia", acrescentou.
Zelensky ilustrou a mensagem com um vídeo realizado pela United24, uma plataforma que criou para a recolha de donativos, em que se veem soldados ucranianos a regressar a casa e a abraçar crianças.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
No boletim mais recente sobre a Ucrânia, o gabinete do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) confirmou a morte de 8.983 civis até 04 de junho, e mais de 15.400 feridos.
A agência da ONU tem advertido que "os números reais são consideravelmente mais elevados", dado o atraso na receção de informações e na confirmação de dados provenientes de locais com combates intensos.
Lusa