A Comissão Europeia divulgou hoje que pelo menos 14 Estados-membros já enviaram ajuda à Ucrânia, na sequência do colapso da barragem de Kakhovka, e reiterou que o apoio ao país não pode esperar pelo fim da guerra
Num debate, no Parlamento Europeu, sobre a destruição da barragem de Kakhovka, o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovkis adiantou que os 14 países em causa enviaram já 76 embarcações, mais de 300 bombas de água e mais de 160 mil artigos para abrigar pessoas afetadas pelas inundações.
Em relação à ajuda ao país, invadido pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, Dombrovskis salientou que Bruxelas prevê que seja prolongada para além deste ano, no âmbito da revisão intermédia do quadro financeiro plurianual 2024-2027.
A recuperação e reconstrução da Ucrânia não pode esperar pelo fim da guerra, reiterou o comissário.
Em 06 de junho, a destruição da barragem de Kakhovka, no rio Dnieper, provocou inundações nos municípios vizinhos e suscitou preocupações quanto à central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, situada 150 quilómetros a montante e ocupada pelos russos.
Desde a catástrofe, cuja responsabilidade é atribuída à Rússia por Kiev e parceiros ocidentais, o nível da barragem desceu "rapidamente", passando de 17 para 11,27 metros hoje de manhã, segundo dados recebidos pelos funcionários da Agência Internacional de Energia Atómica (AEIA).
O rompimento da barragem levou à deslocação de quase 9.000 pessoas no sul da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Lusa