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Israel: Mais de 100 palestinianos detidos na Cisjordânia e mortes na região já são 61

JM-Madeira

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Data de publicação
17 Outubro 2023
14:05

As forças de segurança israelitas lançaram hoje uma nova campanha de rusgas em toda a Cisjordânia ocupada, efetuando mais de 100 detenções naquele território, onde já foram registadas 61 mortes desde o ataque do Hamas contra Israel.

A par das detenções, o exército israelita abateu a tiro um jovem, enquanto um outro homem, de 72 anos, também morreu hoje devido aos ferimentos sofridos na passada sexta-feira, elevando para 61 o número de mortos naquele território desde o início do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano, que lançou uma ofensiva surpresa no passado dia 07 de outubro contra o Estado judaico, segundo reportou a agência noticiosa palestiniana Wafa.

A campanha de detenções foi particularmente intensa na zona de Hebron, no sul da Cisjordânia, onde as forças israelitas detiveram 76 pessoas.

Entre elas incluem-se 50 trabalhadores de Gaza que tinham sido apanhados no conflito em solo israelita e obrigados a deixar os seus empregos em Israel, fugindo para a Cisjordânia, acrescentou a Wafa.

A agência noticiosa palestiniana relatou também que em Halhul, município a norte de Hebron, as forças israelitas invadiram uma escola técnica, criada para alojar temporariamente os trabalhadores de Gaza, e dispararam contra os residentes, matando um jovem de 17 anos com tiros no abdómen e ferindo outros três nas pernas.

Horas mais tarde, um homem de 72 anos, ferido pelas forças israelitas durante os protestos de sexta-feira, morreu no hospital em Nablus, elevando para 61 o número total de mortos na Cisjordânia desde o início da guerra, onde mais de 1.250 pessoas já foram feridas ou atingidas por gás lacrimogéneo.

Entre os 61 mortos confirmados, todos eles baleados, em muitos casos na cabeça, contam-se cinco pessoas abatidas por colonos israelitas ultraortodoxos, que também intensificaram o assédio às aldeias palestinianas, destruindo terrenos agrícolas, danificando casas e agredindo pessoas, muitas vezes a tiro.

As forças armadas israelitas encobrem frequentemente estas ações ou observam-nas sem intervir.

Perto de Jenin, no norte do território, as forças israelitas invadiram também uma escola secundária, lançando granadas de gás lacrimogéneo e ensurdecedoras para o interior do recinto, obrigando os estudantes a abandonar o edifício, referiu ainda a Wafa, citada pelas agências internacionais.

Fontes militares disseram à agência noticiosa espanhola EFE que o exército israelita está a realizar operações "antiterroristas" na Cisjordânia para prender membros do Hamas e para confiscar armas, usando fogo real contra grupos resistentes.

A Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, está parcialmente sob a administração da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), formada pelo partido Fatah, que está em desacordo com o Hamas.

No entanto, o movimento islamita palestiniano, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como um grupo terrorista por vários atores internacionais, tem muitos simpatizantes na Cisjordânia.

Lusa

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