O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, defendeu hoje, na abertura da sessão do Conselho de Direitos Humanos, uma presença mais reforçada da agência em vários países, incluindo os lusófonos Brasil e Moçambique.
Citado pela ONU News, Turk disse que "num contexto de conflitos acirrados e ameaças à humanidade, os países precisam de interagir de forma construtiva com o ecossistema internacional de mecanismos de direitos humanos", acrescentando que gostaria de "aumentar o envolvimento com o Brasil, Ásia Central, Equador, Quénia, Moçambique e Estados Unidos, bem como na região das Caraíbas".
Atualmente, 95 Estados abrigam escritórios ligado ao Alto Comissariado, entre os quais estão a representação nos países lusófonos Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Além do reforço da presença no Brasil e em Moçambique, Volker Turk considerou também que seria importante "estabelecer, pela primeira vez, uma presença na China e na Índia", países que, em conjunto, reúnem mais de um terço da população mundial.
De entre os exemplos positivos de envolvimento do Alto Comissariado, Turk citou as contribuições na "transição pós-conflito" em Timor-Leste e a "prestação de contas dos crimes cometidos" durante o conflito armado na Colômbia.
Daniel Faria