Bruno Melim, deputado do PSD na ALRAM, deixou uma questão a João Casanova de Almeida sobre o que fazer e como preparar as escolas para que estas se adaptem a este novo mundo e às futuras gerações, que vivem de perto a transição digital e as alterações que esta impôs ao mercado de trabalho.
Mais lançou uma interrogação a Sílvio Fernandes acerca do financiamento das universidades, por considerar que não se pode continuar a resolver os problemas estruturais verificados a este nível, com soluções temporárias como é o caso das verbas advindas do PRR e do quadro comunitário.
De facto, no entender do parlamentar, há que apostar antes em investimentos de base mais alargados, tendo a República que assumir tal designio.
Respondendo à primeira questão, João Casanova de Almeida, ex-secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, reconheceu que a transição tecnológica impõe uma nova postura das instituições de ensino.
"Para além de ensinar o conhecido, há que preparar para o desconhecido. Algumas escolas já abordaram, mas tem de ser generalizado", respondeu o ex-governante, vincando que é importante suscitar o pensamento critico nos alunos, defendendo que para tal as universidades têm de ter mais autonomia e flexibilidade e não apenas seguirem os modelos clássicos e rígidos.
"Tem de haver mais alfaiatarias nas universidades do país todo", aclarou, reiterando que Portugal tem de olhar para outros países para avaliar a sua competitividade.
Já Sílvio Fernandes sublinhou que todas as universidades portuguesas estão subfinanciadas, as quais deveriam ter mais 100 milhões de euros do que hoje têm, de forma a apoiar as instituições de ensino superior mais periféricas.
Edna Baptista