O porta-voz do PAN-Madeira, Joaquim José Sousa, esteve esta terça-feira em contacto com direto com a população junto ao Porto do Funchal, um dia após a Associação Ambientalista ter divulgado um estudo onde relatava que aquela infraestrutura portuária é uma das dez na Europa com maior nível de poluição associada a navio de cruzeiro.
Neste sentido, o partido apresenta cinco propostas para mitigar a poluição e "garantir o futuro do destino Madeira".
Leia na íntegra a nota de imprensa da Comissão Política do PAN-Madeira:
"Um número significativo de funchalenses mostraram-se espantados com os resultados do estudo da Associação Ambientalista Zero, principalmente por a Secretária Prada ter recentemente revelado dados que diziam que a qualidade ambiental na Madeira era a melhor de Portugal, outros populares referiram que é uma vergonha o que o PAN está a fazer por querer retirar os navios de cruzeiro do Funchal, referindo que sem os passageiros destes navios os estabelecimento localizados na baixa do Funchal, o teleférico, os carreiros do Monte e os motorista de turismo vão todos para o desemprego, tendo o Porta Voz do PAN referido que o partido não pretende proibir os navios, mas antes garantir que o destino Madeira continua a ser um destino sustentável, referindo que o partido apresenta 5 propostas simples para garantir o futuro do destino Madeira:
1º - Limitar o número de navios cruzeiros que possam atracar anualmente no porto do Funchal, baseado num estudo a ser realizado em parceria com a academia e as organizações não-governamentais ambientais num prazo máximo de 6 meses;
2º - Tal como em Veneza, impedir ou limitar severamente a atracagem de navios cruzeiros com peso igual ou superior a 1.000 toneladas;
3º - A partir de janeiro de 2024 permitir que entrem no porto do Funchal apenas navios de cruzeiro que recorram a tecnologias de redução das emissões de óxidos de azoto, óxidos de enxofre e partículas inaláveis, criando incentivos a cruzeiros dotados de sistemas redutores poluentes e que utilizem combustíveis "limpos";
4º - Criação de um fundo para o carbono emitido cujas receitas sejam provenientes de uma taxa aplicável aos proprietários dos navios, segundo o princípio do poluído-pagador e cujas receitas revertam para a descarbonização do transporte marítimo;
5º - Proibir que os navios atracados mantenham os motores em funcionamento, devendo o fornecimento de eletricidade provir do porto do Funchal"