O líder parlamentar do PS classificou hoje a concessão por ajuste direto do Centro Internacional de Negócios da Madeira à SDM, em 2017, um dos maiores "atos ilegais", e "quase um crime perfeito", falando na abertura da sessão parlamentar de hoje.
No dia em que começam os trabalhos de uma comissão parlamentar de inquérito sobre o contrato de concessão de serviços públicos, Miguel Iglésias lembrou que o Governo Regional decidiu, na altura, não assumir a gestão direta e fazer um ajuste direto à SDM, o que considerou ter sido um erro. Agora, indicou, o Executivo vai comprar a maioria do capital, o que faz com que, na sua opinião "o único beneficiado foi o grupo privado que deteve a SDM até agora".
O deputado socialista acusou o Governo Regional de "entregar tudo a privados", falando não apenas da Zona Franca, mas também das parcerias rodoviárias, dos portos, ou concursos para as empreitadas públicas.
"Foi quase um crime perfeito", disse, apontando que "ainda ressarcimos a empresa pelo incómodo que foi gerir a Zona Franca nos últimos quatro anos".
Marco Milho