A Iniciativa Liberal veio, em comunicado, dizer que tem ouvido “há exaustão” sobre o aumento da constituição de empresas, “fator que por si não significa absolutamente nada”, considera Nuno Morna, deputado único.
Neste âmbito, o partido deixou uma série de questões à Secretaria Regional de Economia, Mar e Pescas sobre aumento da constituição de empresas na Madeira.
“Aceitando os dados que demonstram que a constituição de empresas tem vindo a aumentar”, questiona quais dessas empresas representam um empreendedorismo “por necessidade e não por oportunidade?”
A par disso, Nuno Morna interroga qual a taxa de sucesso e qual a avaliação feita dos riscos de saturação do mercado, “que pode levar a uma concorrência excessiva, pressionando as margens de lucro e, logo, a sustentabilidade dessas empresas”.
E as perguntas prosseguem na tentativa de tentar perceber se não estaremos a “assistir ao surgimento de ‘bolhas económicas’ induzidas por excesso de apoios e subsidiação governamental”.
“Qual a qualidade e a produtividade destes novos negócios que vão surgindo Qual o valor que estas empresas estão a adicionar à economia? Qual a possibilidade de sobrevivência destas empresas? O que tem feito o Governo par aferir se não há casos de criação de empresas para proporcionar evasão fiscal, lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais? Há alguma avaliação que verifique se alguma destas empresas são empresas ‘Phoenix’? O que têm feito os serviços governamentais responsáveis para verificar se estas empresas cumprem escrupulosamente a lei no que respeita à precarização do trabalho, nas remunerações e nos benefícios laborais? Que pressão tem este aumento do número de empresas exercido sobre as infraestruturas e os recursos? São estas empresas o resultado de algum tipo de planeamento ou de surgimento espontâneo? Está alinhado este aumento do número de empresas com necessidades de mercado e/ou tendências de consumo?”, foram algumas das perguntas deixadas por Nuno Morna que, por agora, aguarda resposta.