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Migrações: Alemanha espera 1,2 milhões de migrantes até ao final do ano

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Dezembro 2022
16:22

Cerca de 1,2 milhões de migrantes deverão chegar à Alemanha até ao final deste ano, o que representa um aumento de 35% relativamente aos níveis de 2015, considerado o ano da maior crise migratória na Europa.

Os números foram hoje avançados na página ‘online’ Schengenvisainfo, que publica informação referente ao espaço Schengen, a área europeia de livre circulação de pessoas.

Enquanto em 2015, quase todos os migrantes que foram para a Alemanha eram sírios, este ano, a maioria provêm da Ucrânia, de onde fugiram devido à invasão russa iniciada em fevereiro passado, sendo esperado que cerca de 200 mil requerentes de asilo ainda cheguem ao território alemão até ao fim de dezembro.

Apesar da hospitalidade alemã oferecida aos ucranianos, muitos municípios garantiram, no entanto, que já atingiram o seu limite e que não conseguirão lidar com um número tão grande de chegadas de migrantes.

"Estamos a aproximar-nos de 200.000 requerentes de asilo este ano", afirmou recentemente o ministro do Interior alemão do estado federado da Saxónia, Armin Schuster, lembrando que "na última legislatura, esse número foi definido como o teto máximo" permitido.

Como quase todas as regiões da Alemanha atingiram o limite máximo de processamento de pedidos de asilo e abrigo para migrantes, o Governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz anunciou um apoio extraordinário de 3,5 mil milhões de euros para as regiões este ano e 2,75 mil milhões para 2023.

Segundo avisou o eurodeputado alemão e presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, a Alemanha receia que uma nova crise migratória abale o país este inverno, altura em que se espera um aumento das chegadas de migrantes e refugiados.

De acordo com analistas internacionais, centenas de milhares de ucranianos deverão deixar a Ucrânia nos próximos meses, já que as forças russas continuam a atacar infraestruturas do sistema energético ucraniano, causando cortes de energia numa altura em que o país já enfrenta temperaturas negativas e outras condições extremas associadas ao inverno.

Também a agência de refugiados da União Europeia (UE) confirmou que o número de requerentes de asilo no bloco comunitário já ultrapassou os níveis de 2015.

Segundo a Agência da UE para o Asilo (EUAA), o número de pedidos de asilo apresentados durante o mês de setembro na UE atingiu os 98.000, a maioria dos quais de pessoas vindas da Índia (4.600) e do Bangladesh (3.800).

Além disso, a taxa de pedidos apresentados por menores aumentou 5%, atingindo um recorde de 5.300, número que já não era registado desde 2005.

LUSA

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