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Itália confisca bens de mais de quatro milhões de euros a familiares de chefe da máfia

JM-Madeira

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Data de publicação
16 Outubro 2021
15:53

As autoridades italianas confiscaram bens num valor superior a quatro milhões de euros do irmão e sobrinho do conhecido e já falecido chefe da máfia siciliana Salvatore "Totó" Riina, anunciou hoje a polícia de Palermo.

O montante dos bens confiscados abrange também outros dois suspeitos, segundo as autoridades policiais daquela cidade do sul de Itália.

A brigada do Grupo de Operações Especiais dos Carabinieri (polícia italiana) executou três decisões judiciais após um longo processo de investigação que permitiu ao Estado assegurar o património ilícito dos Riina desde a época de "Totó", que morreu em 2007, assim como de dois familiares de Calogero Lo Bue, um homem próximo de outro dos mais sanguinários chefes da máfia, Bernando Provenzano.

"O arresto de moradias, contas correntes, cadernetas de poupança, terrenos e bens da empresa afeta sujeitos já referenciados por inúmeros antecedentes criminais e vínculos com a máfia", lê-se num comunicado da polícia sobre as quatro pessoas a quem foram confiscados bens, com as autoridades a destacarem o papel "historicamente ativo" de um deles, Rosario Salvatore Lo Bue.

Lo Bue era "um homem de confiança" e ao longo dos anos esteve em contacto com o clã da "Cosa Nostra", enquanto o sobrinho de "Totó" Riina fora condenado por extorsão com métodos mafiosos, como parte de uma investigação mais ampla que esclareceu sobre a rede de apoio de Provenzano e a reorganização da associação após a captura, em 2006, do chefe da máfia siciliana, em Corleone.

Durante a década de 1980 e os princípios da de 1990, Riina e a sua família mafiosa desenvolveram, em Corleone, uma campanha de violência contra os clãs rivais e o Estado, culminando no homicídio, em 1992, dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.

Detido pouco depois, "Totó" Riina foi condenado a várias penas de prisão perpétua, por mais de uma centena de assassínios, tendo morrido na prisão, vítima de cancro, em 2017, aos 76 anos.

Lusa

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