Os resultados da projeção da Universidade Católica para a RTP foram recebidos com alguma contenção no local que a Iniciativa Liberal escolheu para acompanhar a noite eleitoral. Na sala de um hotel do Funchal, com cerca de duas dezenas de apoiantes e militantes, Gonçalo Maia Camelo foi o primeiro a reagir, garantindo que o partido não muda uma virgula ao discurso pré-eleitoral: não haverá acordos com Miguel Albuquerque. ”O partido está exatamente onde estava antes”, vincou. “Essa questão não se pode colocar, porque não temos nenhuma indicação que o futuro do PSD seja sem Miguel Albuquerque.” Ainda sobre a possibilidade de ser necessária a inclusão da IL para assegurar uma coligação de direita, Gonçalo Maia Camelo desvalorizou: “Já há um casamento anunciado há muito entre o PSD e o Chega. Da nossa parte, mantém-se o mesmo que temos dito: não fazemos acordos para governar porque não passamos cheques em branco para quatro anos.” ”Estas projecões indicam claramente que há um vencedor, que é o PSD, e indiciam que poderá haver uma solução governativa de direita com maioria absoluta de deputados. No entanto, as margens ainda são relativamente largas e permitem interpretações diferentes. Será prudente esperarmos mais umas horas para ver como é que os resultados evoluem”, disse, sobre as expectativas da IL.