A Igreja matriz do Paul do Mar é, hoje, palco da celebração do Dia do Clero, com uma missa presidida pelo bispo do Funchal que pediu a Deus que faça com surjam mais sacerdotes para a Igreja madeirense. Ladeado pelos bispos eméritos, D. Teodoro de Faria e D. António Carrilho, o bispo da Diocese do Funchal defendeu a importância do amor em tudo o que se faz na vida, que pode unir todos sem fazer destruir religiões e culturas.
Neste dia, que se celebra também a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o bispo sublinhou que é o amor que nos espanta quando o percebemos concreto no amor de um casal, num sorriso de um recém-nascido e no trabalho que muitos fazem pelos outros. "Foi a presença deste amor que um dia nos convenceu - a nós, sacerdotes- a deixar tudo e dizer o 'Sim' à presença sacramental", disse, realçando que viver na presença de Deus é mais difícil que viver na presença dos homens. Aceitar ser julgado pelo amor é bem mais difícil que aceitar ser julgado pelo pecado, como defendeu o Prelado madeirense. D. Nuno Brás disse que é o amor que domina a resposta de Jesus.
"O amor que é o próprio Deus exige transformação, entrega total e sincera", defendeu.
Este tempo em que nos encontramos é o tempo de uma nova oportunidade "para nós e para todos", como adiantou o bispo da Diocese, considerando que esta oportunidade não se compadece com a indiferença".
"Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós. E em nós, o seu amor é perfeito", apontou o representante máximo da Igreja madeirense nesta celebração no Arciprestado da Calheta. Segue-se uma procissão e um almoço convívio. Estão na Igreja do Paul do Mar mais de meia centena de elementos ligado ao Clero madeirense.
Carla Ribeiro