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AMI/Centro Porta Amiga apoia anualmente cerca de 370 pessoas na Região

Data de publicação
21 Maio 2024
13:03

São cerca de 370 as pessoas carenciadas apoiadas anualmente pela AMI/Centro Porta Amiga, um número inferior ao habitual, mas que continua a exigir esforços desta instituição.

Quem o diz é Cristina Menezes, diretora técnica da Porta Amiga no Funchal, em declarações à margem de uma visita de entidades da Câmara Municipal do Funchal às instalações da AMI/Centro Porta Amiga, as quais foram alvo de uma empreitada de reabilitação.

Conforme revelou a profissional, o número de cidadãos apoiados costuma rondar os 400, sendo esta uma diminuição que atribui às consequências da pandemia covid-19, que obrigou a uma redução dos serviços e a um retraimento das pessoas, à qual se aditou ainda a empreitada do edifício onde este centro se encontra e que motivou a relocalização do apoio.

“Notamos realmente que as pessoas ainda estão a retomar [a procura pelo serviço]. É todo um trabalho. (...) Mas fazemos esse trabalho de ir ao encontro das pessoas, não incomodando, mas tentando perceber até que ponto aquela pessoa não está bem para não chegar a situações limite”, garantiu a técnica.

Segundo a mesma, são sobretudo homens, solteiros, sem família e frequentemente com problemas associados ao consumo de álcool que procuram o apoio da AMI, que, no entanto, também ajuda alguns agregados familiares.

“Há 10/15 anos eram mais famílias do que são agora, porque efetivamente temos verificado um grande desenvolvimento nas zonas rurais, em termos de acompanhamento social e isso é muito bom para nós, porque também as pessoas têm um acompanhamento mais próximo”, constatou a profissional, elogiando a descentralização dos apoios, prestados por diversas entidades e instituições.

De acordo com a diretora, a alimentação e a procura de trabalho são alguns dos serviços mais procurados pelos utentes acompanhados, mas não só. “Estas pessoas vêm ao centro por várias razões e, por isso mesmo, as nossas valências respondem a muitas destas necessidades que estas pessoas apresentam, desde o refeitório, para colmatar as necessidades básicas, lavandaria, rouparia e depois em termos de acompanhamento social e encaminhamento. É muito importante quando as pessoas estão a passar por fases mais complicadas da sua vida ter sempre esta orientação para outros serviços e para os nossos parceiros”, sublinhou.

Todavia, certo é que neste trabalho de acompanhamento multidisciplinar persistem desafios. Entre eles, destaca Cristina Menezes, está especialmente a dificuldade em inserir cidadãos em habitações. “Muitas vezes ficam sem resposta e é toda uma bola de neve”, constatou.

Ainda assim, asseverou que na Porta Amiga a população pode contar com uma “porta sempre aberta”.

“Não vamos resolver de uma hora para a outra, mas vamos sempre acompanhando até o momento em que realmente estas pessoas se encontram mais tranquilas e inseridas”, atestou.

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