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Migrações: Mais 3.500 menores não acompanhados acolhidos nas ilhas Canárias

JM-Madeira

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Data de publicação
17 Outubro 2023
16:28

Mais de 3.500 menores migrantes não acompanhados vivem nas ilhas Canárias, no Oceano Atlântico, onde chegaram de forma ilegal em embarcações precárias a partir do continente africano, segundo as autoridades de Espanha.

O presidente do governo regional das Canárias, Fernando Clavijo, disse esta semana que há uma chegada recorde de menores nesta situação às ilhas, cerca de 100 por semana.

Clavijo salientou que é necessário garantir aos menores os direitos que lhes são reconhecidos na lei e apelou ao executivo central de Espanha para agilizar o seu acolhimento em diversas regiões do país, dadas as limitações do arquipélago, formado por oito ilhas e com uma população de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Segundo Clavijo, as Canárias acolhem neste momento cerca de 3.800 menores migrantes não acompanhados, um número que o ministro da Inclusão, Segurança Social e Migrações, José Luis Escrivá, situou esta semana em "mais de 3.500".

O Governo de Espanha e as 19 comunidades e cidades autónomas do país chegaram na semana passada a um acordo para a distribuição, de forma solidária, de 396 menores migrantes não acompanhados pelas diversas regiões. Desse grupo, 349 estão nas Canárias e os restantes na cidade autónoma de Ceuta (um enclave espanhol no norte de África).

O acordo foi considerado esta semana insuficiente pelo ministro José Luis Escrivá, que apelou a maior solidariedade entre as diversas regiões.

"Parece-me verdadeiramente insuficiente para o desafio que têm as Canárias e penso que nem todas as comunidades estão a demonstrar o nível de solidariedade que deveriam", afirmou.

"Quando há uma crise como aquela que está a acontecer nas Canárias, onde há já mais de 3.500 menores mas podem continuar a subir, as outras comunidades autónomas devem solidarizar-se e ter uma responsabilidade coletiva com o tema", acrescentou o ministro, que sublinhou que o arquipélago "tem uma sobrecarga muito grande".

Espanha, a par de Itália, Grécia ou Malta, é conhecida como um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa, através das costas do Mediterrâneo e do arquipélago das Canárias.

O número de migrantes que chegaram este ano às Canárias, até 15 de outubro, supera as 23.500 pessoas e é já o segundo maior de sempre, só ultrapassado pelas 31.678 de 2006.

O Governo de Madrid tem defendido um novo Pacto de Migração e Asilo na União Europeia (UE) que garanta também a solidariedade entre Estados-membros na resposta a crises migratórias.

"O que não pode ser é que determinadas zonas do nosso país, como o sul de Espanha, as ilhas Canárias ou as ilhas Baleares enfrentem e assumam todo o fenómeno de imigração irregular sem a solidariedade do resto dos países europeus", disse, em 05 de outubro, o primeiro-ministro espanhol em funções, Pedro Sánchez.

Lusa

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