Isabel Fragoeiro, enfermeira especialista na área de Saúde Mental e docente na UMa, lembra que quando entrou no SESARAM, o setor era bem mais pobre.
Afirma que o sistema tem sido 'hospitalocêntrico' mas disse não ser comparável as equipas que estão, atualmente, no terreno com as que se via na altura. O que permite que sejam detetadas, com mais facilidade, situações de alterações. Defende ser importante trabalhar ainda mais naquilo que é a Saúde Mental. "Faz-se muita coisa e depois deita-se no lixo", referiu. Isabel Fragoeiro diz que em 1985 (com 4 psiquiatras) fez-se uma proposta para fazer alterações que não avançou. Defendeu que é importante sermos tolerantes uns com os outros, pensarmos que nenhum de nós tem todas as soluções e, de alguma maneira, nos aproximarmos daquilo que é o melhor para o cidadão, sobretudo, o mais vulnerável.
"Temos problemas complicados, gastamos muito dinheiro público e temos que pedir responsabilidades. E essas responsabilidades são pedidas a quem está nos cargos. Mais uma vez vou reiterar: acho que o senhor secretário tem feito um grande esforço no sentido de abrir portas mas continua a haver barreiras", afirmou.
Carla Ribeiro