"É, no mínimo, curioso que aqueles que até agora estiveram em silêncio e não apresentaram uma única proposta nesse sentido, no âmbito da revisão Constitucional que está em curso e da qual depende esta alteração, venham agora defender que os nossos Emigrantes votem nas Eleições Regionais, num lamentável oportunismo político que não pode deixar de ser denunciado e esclarecido". A afirmação é do presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD/Madeira, Carlos Fernandes, reagindo às declarações proferidas, esta manhã, durante a "V Conferência Portugal +", a cargo do deputado do PS e vice-presidente da ALRAM, Victor Freitas.
Declarações que, no entender do social-democrata, "carecem de ser esclarecidas", tanto mais quando o PS/Madeira está "a mentir, mais uma vez, aos Madeirenses e, neste caso, às nossas Comunidades, sobre uma matéria relativamente à qual nem se pronunciou nem apresentou qualquer solução até agora, quando teve essa oportunidade na Assembleia da República".
Aliás, vinca, "o PSD/Madeira foi o único Partido que aproveitou esta oportunidade de revisão Constitucional para defender uma proposta que garantisse que as nossas Comunidades pudessem votar nas Eleições Regionais, de modo a corresponder a uma reivindicação que já é antiga por parte da nossa Diáspora e com a qual estamos há muito comprometidos".
Carlos Fernandes que, a este propósito e a rematar, desafia o Partido Socialista a aprovar a proposta do PSD/Madeira nesta revisão Constitucional. "Já que pelos vistos o PS/Madeira concorda com aquilo que nós defendemos, pese embora nada ter feito e ter preferido o silêncio até agora, é caso para acreditar que poderemos contar com a sua concordância, já que, se assim não for, ainda se torna mais grave falar deste assunto para depois, tendo essa oportunidade, votar contra", afirma, lembrando que não é só na véspera das Eleições que se devem "lançar promessas ao vento" e apelando a que, a par deste, os muitos outros dossiês que se encontram pendentes quanto às Comunidades, por parte da República, avancem, "não apenas nas palavras e intenções mas, sim, nas ações".