MADEIRA Meteorologia

Obra realizada por Irmã Wilson “modificou o rosto humano” da ilha

Data de publicação
14 Janeiro 2024
13:56

Foi celebrada, esta manhã, a missa de encerramento do Ano Jubilar dos 150 anos de conversão da irmã Wilson e dos 140 anos da fundação da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, na Sé Catedral do Funchal, onde D. Nuno Brás lembrou e relevou a obra realizada por Mary Jane Wilson que “modificou o rosto humano” da ilha.

“Mais não estamos a fazer que a celebrar a vocação de uma mulher que, disponível à voz do Senhor, foi, por isso, capaz de crescer na sua disponibilidade missionária”, começou por dizer o bispo do Funchal na homilia, notando que ao longo da vida da Irmã, a mesma foi crescendo na procura e na escuta da vontade divina.

“A vida de uma pequena burguesa de Inglaterra foi-se transformando: de uma rapariga exuberante, honesta, estudiosa, surgiu a paixão pela verdade e logo a necessária conversão, mesmo à custa da perda de conforto financeiro”, disse aos fiéis, considerando que esta conversão se concretizou na noite de 29 para 30 de abril de 1873 - altura em que recebeu o dom da fé na presença de Jesus na Eucaristia -, “numa luta em que Deus saiu vitorioso”.

D. Nuno Brás lembrou, também, o facto de, logo após a conversão, terem surgido as peregrinações e a certeza de que Mary Jane Wilson queria ajudar os pobres e os doentes do mundo, tornando-se enfermeira.

“Chegada à Madeira em 1881, logo começou a notar a falta de educação cristã no seu povo. Mas como ensinar o catecismo a crianças e a adultos sem alimento e doentes? E como não congregar à sua volta outras boas vontades, que deste modo se viam multiplicadas e mais eficazes? E como não perceber o dedo de Deus nesta realidade que ia crescendo, bem como o convite a uma vida espiritual sempre mais intensa”, indagou.

O bispo do Funchal lembrou, também, que foi a 15 de janeiro de 1884 que Mary Jane Wilson e outras companheiras deram início às “Irmãs de São Francisco do Funchal” e ao seu noviciado.

“‘Todos os nossos trabalhos, Deus os quis; a Sua Vontade era o meu único desejo’: dirá a irmã Wilson, já no final da vida, assim resumindo toda a obra imensa realizada na nossa Ilha”, citou, notando que a ‘menina do manto negro e farmácia ambulante’, como era inicialmente conhecida, “tinha sido transformada, conduzida por uma caridade sem limites, pela frequência da Sagrada Escritura e por um contínuo exame de consciência”.

“Hoje, damos graças a Deus pela intensa vida sobrenatural da Irmã Maria de São Francisco Wilson; e damos também graças a Deus por toda a obra realizada entre nós, que modificou o rosto humano da nossa Ilha. Pedimos para a Congregação das Irmãs Vitorianas, que ela fundou, a fidelidade ao seu carisma e a disponibilidade constante para responder aos apelos do Senhor, que sempre nos chama a segui-lo”, concluiu.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas