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Artigo de Opinião

28/04/2024 07:50

Neste tempo em que o tema da guerra divaga longa e ferozmente por tantas partes do mundo, a Bíblia, dum modo especial no Antigo Testamento parece justificar a possibilidade dos conflitos armados, dum modo particular se na conquista da terra prometida por Deus ao seu povo escolhido.

Anditatia porrupi tatmpero blam, tes upiendit, ullo totatibusdam volorenihita qui inulla as el earitius parunt, simus nonsendae eaqui conserecta vollacc usapitat eiusamu sanditaspe rem aut parchitatem que liatectem eniminv eniminu sdaectore non eum eiuntia nducipsum quunte velenis qui acestio. Ut landel magnitat.

Antes de tudo, não devemos impor ao texto bíblico os problemas que hoje são formulados às guerras dos nossos dias. Não podemos legitimar com a autoridade da Bíblia as guerrilhas ou golpes de estado, porque estão em contrasto com o Novo Testamento e com o preceito de “amar os inimigos”.

A salvação é um acontecimento histórico que conclui com a mensagem do Pentecostes. A salvação é a incarnação de Deus na história dos homens.

O início desta ação de Deus começou com a vocação de Abraão que vivia em Ur da Caldeia, pertencia a um clã politeísta, com costumes e vícios morais dos

quais o livro do Génesis fala deles sem desculpas nem atenuações. Dois mil anos separam Abraão do nascimento da Igreja.

Quando estudava em Jerusalém em 1962, consultei e li um livro que, na opinião

dos biblistas não tinha perdido a sua atualidade: A. Gelin, “Les pauvres de Yahvé, Paris, cerf, 1954.

O Pentecostes no princípio e na sua origem, fazia parte da fé do povo hebraico, era a festa das colheitas e a oferta a Deus dos primeiros frutos e das colheitas e a oferta a Deus dos primeiros frutos da terra e dos ventres das mulheres, chamadas as primícias. 50 dias antes celebrara-se solenemente a Páscoa, memória do Sinai. No Novo Testamento, o Pentecostes, é a festa da descida do Espírito Santo sobre os discípulos e a Mãe de Jesus. (A. Ap. 2,1-12). Com a vinda do Espírito Santo cumpre-se o itinerário da história da salvação na sua plenitude, mostrando assim a continuação do Antigo Testamento com o Novo, com o dom do Espírito e com a Páscoa, que é a morte e a ressurreição de Jesus.

A salvação é um ato que diz respeito às relações dos homens com Deus e, só indiretamente, coincide com os comportamentos morais.

Quando se lê o Livro de Josué e as mortandades que ali se narram, até nos revoltam, elas não se realizaram como ali se narram, elas foram escritas posteriormente com a finalidade de mostrar a heroicidade como foram afastados os inimigos cananeus.

Estes factos já estão relacionados com a monarquia, quando a reforma monárquica necessária para os problemas do poder sob o aspeto religioso e político, a narração está permeada de aspirações imperialistas. Assim como o império assírio atribui as vitórias ao deus Marduk, em Israel as vitórias são atribuídas Deus, até o reino de David e de Salomão e o próprio Templo foram destruídos. Devemos ter em conta a influência cultual e religiosa dos cananeus, de Damasco e do Egito, o reino do norte apostatou e contaminou depois o reino do sul, ou seja Jerusalém, por potências demoníacas.

Após o ano 586 a. C. com a destruição de Jerusalém e o assassínio de Godolias, a Judeia torna-se uma província de um grande império e continua sem autonomia, após o exílio, a grandeza que agora se espera é interior, com uma grande fragilidade exterior, entramos num período da espiritualidade dos “pobres do Senhor”, dos humilhados e ofendidos, dos pobres que não podem tornar-se arrogantes.

A experiência dolorosa do exílio levou a mudanças externas e internas, viveu-se melhor a mensagem dos profetas, Israel torna-se um povo exemplar, é como um novo Êxodo, e os Inícios do reino messiânico, a vinda do “Servo do Senhor”. Este personagem é alguém que é humilhado, oprimido, escarnecido, condenado à morte, que não levanta a voz, não usa de violência, mas sofre-a no próprio corpo, não pretende um imperialismo nacional, mas que tem em vista a salvação do Universo, que procura até a salvação dos opressores.

O tema da violência e das guerras, é consequência do pecado.

Após o pecado de Adão diz o Senhor: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua extirpe e a sua extirpe (Gen.3,15), esta inimizade dura e tortura toda a descendência da mulher, até, ao fim da história humana, mas no fim dos tempos a conclusão será positiva. São Paulo na sua história da salvação, traça a linha de demarcação entre as duas descendências, que se prolonga no interior de cada homem e de cada mulher.

A linguagem bíblica da guerra, do extermínio, não é um convite ao ódio e à violência é o contraste entre o homem velho e o homem novo, entre a carne e o espírito, é a afirmação da autonomia humana e a aceitação da transcendência divina. Não há salvação sem o risco da própria vida, risco que se prolonga no interior de cada ser humano.

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