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António Trindade: “Ser livre representa ousadia e tem um preço”

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
25 Abril 2024
20:12

Mais de sessenta pessoas concentraram-se hoje, junto à Rotunda Sá Carneiro, no Funchal, para participar na iniciativa “Liberdade é Caminho”, promovida por um “grupo informal de cidadãos” e que visou exaltar os valores do 25 de Abril.

O porta-voz do movimento, António Trindade, que recentemente foi exonerado das funções de adjunto na Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, disse que, na Madeira, “os valores de Abril” ainda têm muito a prosseguir, “do ponto de vista da liberdade de opinião, de pensar diferente e do respeito pela individualidade”.

Questionado se as pessoas na Madeira podem expressar-se livremente sem sofrerem consequências, António Trindade respondeu que “esse é o desejo”, mas “nem sempre acontece”. “E é precisamente por isso que estamos aqui: para dar voz e dar a cara àqueles que não conseguem fazê-lo. É esse o nosso objetivo”, sublinhou, à hora da concentração, marcada para as 18h00.

António Trindade considerou que o caso da sua exoneração “está ultrapassado” e não quis relacionar a sua saída com a manifestação de hoje, evitando também responder se caso não tivesse sido exonerado, se promoveria, na mesma, a concentração.

“Essa questão não é uma questão individual, não é a questão de as pessoas terem ou não aquela função, mas sim de nós, de certo modo, contribuirmos enquanto sociedade para que as coisas sejam melhores”, mencionou.

Não obstante, acrescentou que “caberá aos partidos políticos também entenderem de que forma é que alguns sinais que se dá à sociedade, do ponto de vista dos valores, das atitudes, comprometem também a opinião pública sobre os partidos políticos”.

Dizendo que o grupo reuniu “algumas individualidades de partidos políticos diferenciados”, António Trindade acrescentou ainda que, “muitas vezes, ser livre representa ousadia e tem um preço”.

O porta-voz disse, por fim, que novas ações do movimento poderão repetir-se.

“Este ato é um caminho. Nós verificamos que este apelo resultou. As pessoas estão aqui convictas. E obviamente que poderá haver outras iniciativas, consequentes destas, no sentido de aproximar mais os cidadãos da participação na cidadania ativa”, admitiu.

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