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Artigo de Opinião

Vice-presidente da ALRAM

20/03/2021 08:00

Por outro lado, quanto mais pessoas estiverem vacinadas, menor a probabilidade de se desenvolverem novas variantes e, sobretudo, menos serão os contágios e casos graves conforme já acontece nos países em que a vacinação está mais avançada, como é o caso de Israel.

Para isso, cada cidadão deve aderir, assim que chegar a sua vez, a este ato voluntário de ser vacinado. Só assim podemos alcançar a imunidade da população madeirense, algo que tanto desejamos.

Reconheço que o número de vacinas é limitado pela escassez, sendo por isso fundamental, para a Região, o planeamento, a elaboração e aplicação de um plano de Vacinação que respeitasse tudo e todos. E foi isto que precisamente aconteceu, há que o reconhecer.

Para o efeito, foram criadas todas as condições logísticas para armazenamento e distribuição das vacinas, através de uma rede de frio com equipamentos próprios para o efeito. Montamos, de uma forma célere e eficaz, uma operação de vacinação que alocou os recursos de saúde, em todos os concelhos da Região garantindo que todos os cidadãos, dos mais diferentes municípios estejam em pé de igualdade.

Na RAM não se verificam atropelos, ninguém passou à frente de ninguém; não se desperdiçam vacinas. Ao contrário daquilo que se passou no território nacional, existe um plano que está a ser cumprido, pensando antecipadamente para assegurar que este delicado processo decorra sem sobressaltos.

Vacinamos em primeiro lugar os profissionais de saúde os utentes e funcionários, das estruturas residenciais, dos nossos lares, incluindo os que estão no Centro de Inclusão, e da rede de cuidados continuados e de apoio domiciliário, e os demais agentes que estão na linha da frente no combate à COVID-19.

Fomos pioneiros na vacinação, porque fomos os primeiros a vacinar estudantes de medicina e enfermagem, que se encontram em estágio no SESARAM, os agentes de proteção civil, nomeadamente os bombeiros, as forças de segurança (PSP, GNR E PJ), e demais serviços críticos. Sendo que os nossos utentes dos lares, tendo completado a vacinação, estão imunes.

Fomos pioneiros ao vacinar os profissionais que trabalham na recolha de resíduos sólidos. Fomos pioneiros a vacinar os dentistas e farmacêuticos.

Fomos pioneiros ao vacinar os utentes entre os 50 e os 65 anos, com patologias associadas, e pretendemos, na pausa da Páscoa, vacinar o pessoal docente e não docente.

Protegemos a sociedade como um todo. Com um rigor assinalável. Não se perderam vacinas, não se extraviaram doses, e criamos inclusive listas de suplentes que garantem que estamos preparados para qualquer imprevisto.

A excelência da vacinação na Madeira e no Porto Santo tem levado ao reforço da confiança na vacinação como única forma de voltar à normalidade, que mesmo assim é um processo que deverá ocupar todo o ano.

Rigor, transparência e consistência. Tem sido este o mote do nosso plano de vacinação supervisionado pela Comissão Regional criada especificamente para o efeito, e que tem demonstrado estar à altura deste enorme desafio.

Importa agora que este processo não sofra interrupções. Importa que nos sejam fornecidas mais vacinas para podermos manter a inoculação dos madeirenses e porto-santenses, de forma a que alcançamos aquilo que se pretende, ou seja, vacinar 70% da população até o final do Verão. Portugal, que neste momento preside ao Conselho da União Europeia, tem a obrigação, através do Governo, de envidar todos os esforços para que que cheguem o fornecimento de vacinas não seja interrompido ou sofra atrasos significativos.

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